Sente solidão quem não procura a vida.
O sentido de solidão às vezes chega quando nos aposentamos ou quando acontece uma separação ou uma viuvez.
Tive um médico que dizia que tudo na vida era “cabeça”!
Que você enfrentando uma doença ou uma situação difícil na sua caminhada, a superação depende da cabeça de cada um.
Tenho amigas que ficaram sós por viuvez ou separação e.... vamos dizer assim... Enterraram-se vivas.
Com os homens é diferente. As carências que sentem em ter um lar vazio, dependem da mulher que é quem comandava a casa, mas muitos logo encontram uma companheira novamente. E existem muitas mulheres a procura de um braço para se apoiar.
É preciso perder o medo de ficar só. No momento com a pandemia, estamos ficando mais sós do que nunca. Tenho muitos amigos fazendo cursos pela internet, de algum assunto que interesse, ou reestudando idiomas que andavam escondidos lá no fundo do cérebro. Tocou uma música? Dancem ... cantem...
Ficando só vamos descobrindo nossa força interior.
Quantas coisas podemos fazer quando estamos sozinhos. Aquele livro de romance começado e que está embolorando num canto.
E a nossa caixa de fotos? Um bom momento para organizar e lembrarmos dos momentos tão especiais que ficaram registrados com essas imagens.
E aquelas receitas de culinária que íamos acumulando? Aquelas receitas que pegamos nos programas de TV e nunca experimentamos? Repassem para quem ainda está atuante.
Saudades de quando chegava a ir ao cinema três vezes numa semana. Hoje minhas tardes são filmes na Tv...comum ou Netflix e Prime.
E os amigos? É tão fácil hoje em dia simplesmente teclar alguns números do telefone e conversar com estes nossos queridos tão distantes, mas num momento tão próximos.
E a internet? ... esse é o meu vício. Com ela nunca me sinto só.
No passado encontrávamos amigos internautas em encontros em São Paulo. Ainda bem que os conservámos, pois continuamos diariamente em contato.
Tenho uma amiga que diz que não entende como posso conversar com pessoas que não conheço pessoalmente por meio das tecnologias atuais. Minha lista é bem extensa. Cada vez que clico seus nomes para enviar uma nova mensagem sei que do outro lado da telinha tenho um amigo. Atualmente o contato pessoal está difícil. Cada dia meu WhatsApp tem mais amigos que vão nos conectando. Considero o melhor meio de mantermos o contato, pois não nos expomos ao público em geral como o Facebook.
Por intermédio dessa modernidade deliciosa, falamos de nossos problemas, damos boas risadas, nos mantemos atualizados.
Para ninguém a vida é maravilhosa. Todos nós temos momentos onde temos que enfrentar grandes sofrimentos, mas, como dizia meu médico: -Cabeça...
Vejam as palavras de Flávio Gikovate. “A harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro de si mesmo. ”
E aí vocês me perguntam: -Onde anda a solidão?
Ela está na cabeça de quem não vive a vida!
Um abraço saudoso, Didi

(PS) nas semanas passadas escrevi sobre o Bar Expresso. O amigo e cronista do “nosso jornal” Dr. Enzo Ferrari, me ligou relembrando bons momentos junto aos colegas médicos da época, 1958 mais ou menos, em que se reuniam nesse ponto para criar a Associação de Médicos da cidade. Falei-lhe que a história é dele. Que seria muito bom todos nós, especialmente os batateiros, a conhecermos. Fica aqui meu pedido Dr. Enzo. Saudades...)