Quando o que queremos escrever, tem vários assuntos misturados, fazemos nossa colcha de retalhos. Vamos unindo as ideias através de letras, e....está pronta nossa crônica.
Esta semana recebi um vídeo da direção da Nossa Caixa, onde foram recebidos por ministros e pelo presidente, a inclusão de 992 pessoas deficientes que foram aprovadas em concurso, pela primeira vez no país.
Isso me fez lembrar do nosso amigo Dom Vega, que tem o projeto há mais de 20 anos em São Bernardo, com o projeto “Adote um Cidadão”. Antes da pandemia organizou vários eventos para cobrir os fundos da Associação, que desde que fundou, ele e um amigo a mantêm. Hoje muitos mais colaboram com ele. São cursos de internet, para todos deficientes: cegos, surdos, mudos, com baixa deficiência mental, paraplégicos, etc. O professor Roque, de internet, é seu carro chefe, mesmo sendo cego, enxerga a vida melhor do que nós. Um trabalho feito com o coração. Dom leva esses jovens para o mar em cadeiras especiais, a saltar de paraquedas, a surfar, andar de veleiro, enfim, a sentirem cada momento da vida.
Lembrei que em 1982, quando operei a mama pelo Dr. Sampaio Góes, ele me orientou a ir para o IBCC, sua fundação: Instituto Brasileiro de Controle do Câncer. Ele me contou que lá eles já tinham em patologia, o processo de congelamento, sabendo na hora se o câncer era benigno ou maligno. Que a maioria dos patologistas eram paraplégicos e lá aprendiam a profissão. Que eles eram muito precisos nos exames. Bem, vocês já sabem o final. Quando acordei estava sem a mama direita. Minha primeira experiência com o câncer. C’est l avie....
Esta semana uma amiga jovem, com seus sessenta anos, que perdeu o pai, disse que não consegue se controlar ao estar com a mãe, que as duas choram muito. Sim, uma perda muito grande. Mas para quem continua aqui, a vida segue. Já disse para vocês que sou espiritualista. Minha igreja é minha casa.
Acho importante que todos tenham esse contato com Deus, não importa qual religião. ELE vive dentro de nós. A oração, a conversa com Ele nos dá ânimo para seguir a vida nos momentos mais difíceis. A única certeza que temos, é que um dia chegará nossa vez de partirmos. Não temos que ter medo disso. Muitas vezes em muitos casos ela é bem vinda.
Na minha idade converso livremente sobre isso com os filhos e netos, pois temos que na partida comemorar o tempo em que estivemos juntos e em harmonia.
Bom, essa fase difícil da pandemia em que estamos vivendo, me parece que está chegando ao fim. Que assim seja. Então é hora novamente, ainda com as máscaras, aos poucos irmos voltando a circular.
Neste domingo teremos mais uma vez, sob a batuta do amigo Adalberto Guazzelli, a Polenta Solidária, momento em que trocamos mantimentos, produtos de limpeza ou roupas, por porções da deliciosa polenta feita na betoneira. Esta vez os donativos serão encaminhados para a AVCC, Associação de Voluntárias do Controle do Câncer. Entre os amigos e parentes dos Guazzelli, já via as fotos das irmãs queridas Ana e Olguinha preparando os molhos. Compareçam e colaborem!
Bom, assim termino hoje minha Colcha de Retalhos... outras virão
Um abraço saudoso, Didi

PS - A Polenta Solidária começará às 11h, neste domingo (20), na avenida Prestes Maia, 307, São Bernardo.