26 Apr 2024

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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Entre as Ruas Dr. Flaquer e a Rua Carlo Del Prete, aí pelo ano de 1954 foi construído um grande casarão pelo Sr. Joaquim Ferreira Neto, proprietário do Primeiro Cartório de São Bernardo. Tudo na cidade girava em torno desse cartório. Assim Sr. Joaquim era muito conhecido e respeitado. Sua esposa era a Sra. Rita Soares Ferreira. Tiveram três filhos que se casaram com sambernardens, batateiros da cidade. Vladimir casou com a Dra. Jandira Corazza, a Nenê, e tiveram um casal de filhos. Valdir com a vizinha Olga Guazzelli tendo duas filhas. Valquíria foi casada por pouco tempo se divorciando e permane-cendo sozinha até hoje.
Os Ferreira antes do casarão já moravam na Rua João Pessoa, no local onde hoje é o Condomínio Guazzelli. Lá era um dos pontos de encontro dos jovens da cidade. Foi deles a primeira televisão da redondeza e para lá iam os amigos dos filhos para assistir os jogos de futebol, as novas novelas, enfim, onde sabíamos que iríamos encontrar os jovens conhecidos.
O casal Ferreira foi por alguns anos presidente do Rotary Clube da cidade. Com a mudança para o casarão, lá eram feitas muitas reuniões com os amigos da sociedade.
Os bailinhos, sempre com a supervisão de Dona Rita, com sua atenção e sempre com suas guloseimas, eram momentos de prazer para nós, que tínhamos na família o privilégio da amizade.
Com os filhos casados e a filha cursando faculdade em São Paulo, se mudaram para a capital vendendo sua casa para a prefeitura da cidade.
Em 1971 foi inaugurado o primeiro Museu do ABC: Museu Histórico e Pedagógico Antonio Raposo Tavares sendo instalado nesse casarão. Durante alguns anos ficou sob a direção do amigo Jorge Rahme. Tudo o que a cidade tinha de história foi para lá encaminhado. (Oficialmente havia sido esse nome designado ao museu em 1962, mas não havia um espaço para recebê-lo)
Foram feitas homenagens a pessoas ilustres da cidade aproveitando o agradável espaço. O acervo foi sendo feito com objetos, livros, obras de arte, documentos antigos, doados por moradores da cidade. Quando passávamos defronte a ele sempre entrávamos para observar algum material novo que chegava ou dar uma prosa com funcionários, pois como vizinhos que éramos já conhecíamos a todos. Minha mãe Odette, no final da vida ia quase todos os dias, em sua cadeira de rodas, bater um papinho com as dedicadas funcionárias.
No resgate das raízes da cidade, passando em frente ao prédio que anda muito abandonado, as lembranças do passado afloraram em minha mente. Lá tem uma placa: Aqui tem cultura!
Acho também que nossos dirigentes precisam olhar um pouco mais pela Casa de Cultura, um prédio tombado, mas sem conservação alguma.
Vamos preservar as raízes da cidade não deixando que elas sequem...
“Para que uma planta não morra precisamos regá-la, dar-lhe atenção!”
Um abraço, Didi

Folha Do ABC

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