06 May 2024

Publicado em Editorial
Avalie este item
(0 votos)

Chegou aquela época do ano, no qual muitos esquecem, momentaneamente, dos problemas cotidianos, das contas à pagar, dos projetos, das metas de vida, para vestir uma fantasia, um adereço festivo, derramar muito glitter sobre o rosto ou pelo corpo, afinal, é Carnaval. Gostando ou não da data, não adianta, não há como fugir. Estando em solo tupiniquim você terá que viver o Carnaval.
E ele está presente por todas as partes. Se você for viajar, saberá que é Carnaval pelo conglomerado de pessoas que irão entupir praticamente todos os locais, pelo spray de espuma que crianças ou marmanjos irão espirrar no seu carro quando estiver passando pelas ruas, ou ainda se encontrar um dos milhares de bloquinhos de rua ou festas tamáticas. Se você ficar em casa, também viverá o Carnaval, seja ao ligar a TV, ou abrir uma página de internet, site de notícias, o assunto será um só, Carnaval: dicas de make-ups com glitter ou fantasias, melhores bloquinhos, desfiles das escolas de samba, trio elétricos na Bahia, flashes dos camarotes, e assim vai, quase que infinitamente, um massacre, uma overdose de folia, por quatro dias. Sem mencionar as redes sociais.
Apesar do Carnaval ser uma data indispensável para a maioria dos brasileiros, muitos não sabem porquê se comemora a festa.
O Carnaval é uma palavra que tem origem no latim "carna vale" e que significa dizer "adeus à carne". Para alguns pesquisadores, o Carnaval teve origem na Babilônia com a comemoração das Saceias. Festa na qual se concedia a um prisioneiro que assumisse a identidade do rei por alguns dias, sendo morto ao fim da comemoração. Ainda havia uma celebração, no templo do deus Marduk, quando o rei era agredido e humilhado, confirmando a sua inferioridade diante da figura divina.
Para outros, teve início na Grécia por volta de 600 a.C., onde se comemorava o princípio da primavera. Ainda há aqueles que acreditam que a sua origem decorre da Saturnália, em Roma, ocasião na qual as pessoas se mascaravam e passavam dias a brincar, comer e beber. Com a ascensão do cristianismo, as festas pagãs ganharam novos significados. Assim, o Carnaval tornou-se a oportunidade dos fiéis despedirem-se de se alimentarem de carne, ou seja, “retiravam a carne”.
No Brasil, o Carnaval surgiu com o entrudo trazido pelos portugueses, que consistia numa brincadeira, na qual as pessoas atiravam água, farinha, ovos e tinta uma nas outras. No começo do século XX, a prática de lançar farinha e água foi proibida. Por isso, as pessoas começaram a importar dos carnavais de Paris e Nice o costume de jogar confetes e serpentinas.  Na década de 1930, com o surgimento do choro e da releitura de ritmos europeus, o Carnaval de rua era animado pelas marchinhas. O gênero musical é parecido às marchas militares, porém mais rápidas e com letras de duplo sentido. Desta maneira, criticavam a situação do país. Considera-se que a primeira marchinha de Carnaval seja "Ó Abre Alas", escrita em 1899, pela compositora Chiquinha Gonzaga. Surgem então as "sociedades carnavalescas", agrupações de foliões que saíam pelas ruas da cidade tocando as marchinhas e dançando. Com a popularização do rádio, as marchinhas caíram no gosto. Só na década de 1960, surgiu o samba-enredo das escolas de samba.
Portanto, se não há como fugir do Carnaval, “Ó abre alas, que eu quero passar”, afinal “Não me leve a mal. Hoje é carnaval!”.

Folha Do ABC

A FOLHA DO ABC traz o melhor conteúdo noticioso, sempre colocando o ABC em 1º lugar. É o jornal de maior credibilidade da região
Nossa publicação traz uma cobertura completa de tudo o que acontece na região do ABCDM.

Mais nesta categoria: Dia da Mulher »

Main Menu

Main Menu