02 May 2024

Publicado em Editorial
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Neste domingo (2), cerca de 156,4 milhões de eleitores aptos a votar, sendo 2,1 milhões do ABC, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), irão às urnas para definir os representantes de cinco cargos, para os próximos quatro anos: presidente da República, governador, senador, deputado federal, deputado estadual ou deputado distrital.
Os eleitores brasileiros escolherão entre, no total, 13 candidatos a presidente; 224 a governador; 243 a senador; 10.629 a deputado federal e 16.737 a deputado estadual. No Estado de São Paulo há 1.540 candidatos a deputado federal; 2.059 a deputado estadual; 10 para governador e 11 para senador.
Na reta final para o primeiro turno, com as pesquisas de intenção de voto sinalizando vantagem de mais de 10 pontos percentuais entre os candidatos a presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nunca se falou tanto sobre o voto útil, também conhecido como tático ou estratégico.
O voto útil acontece quando eleitores decidem seu voto em favor do candidato que estiver à frente nas pesquisas eleitorais e entendem que determinado candidato, favorito a ter a maioria dos votos, alcance a vitória no primeiro turno. Então, o eleitor passa a acreditar que não valeria a pena desperdiçar seu voto em um provável perdedor.
Os candidatos também têm estimulado o voto útil neste primeiro turno. Afinal, se avaliam que estejam próximos da vitória, por que não pedir o voto de quem pretende votar em outro? Trabalhar pelo voto estratégico é legítimo, tanto quanto ficarem aborrecidos os candidatos cujos votos intencionados tentam se levar.
Acontece que ninguém é dono do eleitor e até o momento do encontro com a urna, não existe voto, apenas intenção de voto e disputa.
Muitos eleitores estão exaustos de Bolsonaro e poderiam abandonar o voto nos candidatos da chamada terceira via e votar em Lula, já outros, dizem não votar em Lula de “jeito nenhum” e poderiam mudar o voto para o Bolsonaro. Essa mudança de voto, nos últimos instantes, poderia definir o nome do próximo presidente já no primeiro turno.
Como as pesquisas sugerem vantagem de Lula, o petista mira o voto útil dos eleitores dos candidatos Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), para definir a disputa já no primeiro turno e, Bolsonaro busca levar a eleição para o segundo turno, para desidratar Lula.
Porém, outros fatores podem contribuir para a disputa ser levada para o segundo turno, entre os presidenciáveis da polarização, são eles: o número de abstenções e o índice de rejeição.
O número de abstenções pode ser decisivo. Em 2018, englobaram quase 30 milhões de eleitores, cerca de 20% do total de pessoas aptas a comparecer às urnas. Neste ano, caso o eleitor não apareça para votar, ele poderá justificar por meio do aplicativo e-Título. Essa facilidade poderá gerar mais abstenções. Outro aspecto é o índice de rejeição. As últimas pesquisas de intenção de votos apontaram média de rejeição de cerca de 50% para Bolsonaro e até 40% para Lula.
Para que a eleição seja definida em primeiro turno, é preciso que um candidato tenha 50% dos votos válidos mais um, totalizando a maioria dos votos. O cálculo é feito considerando apenas os votos válidos. Como as eleições são sempre uma caixinha de surpresas, resta aguardar a voz do povo nas urnas.

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