03 May 2024

Publicado em Editorial
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   Não é novidade que a sensação de insegurança aumenta cada vez mais no ABC. Todos os dias, em conversas ou em notícias na mídia, há relatos de furtos, roubos e homicídios.
   Na região, em todas as sete cidades, houve aumento no índice de homicídio doloso, furto, roubo e furto e roubo de veículo, de acordo com os últimos índices divulgados pelo portal da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.
   São Bernardo foi o município que registrou os maiores índices de furto, roubo e furto e roubo de veículo, na comparação de 2021 com 2022. Os furtos passaram de 6.227 para 8.518 (aumento de 36%); em relação ao número de roubos, a cidade passou de 5.488 para 6.457 (aumento de 17%) e furto e roubo de veículo aumento de 41%, passando de 3.128 para 4.423.
   Sobre o tema, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, já havia comentado, durante entrevista à Folha, que o município não possui “números agradáveis” e que precisavam ser melhorados. Durante coletiva de imprensa, na terça (1), voltou a falar sobre o tema. “Se não for alterada a legislação brasileira, acabamos de ver um traficante preso na Cracolândia e em menos de 24h foi solto em audiência de custódia. A polícia prende e o Judiciário solta. Então, se não alterarmos, desculpe, mas estamos fazendo um processo na Segurança Pública de enxugar gelo. É uma vergonha no Brasil e não vejo assunto pautado no Congresso”, disse.
   Com altos índices, também aparece Santo André. O município teve aumento de, de 2021 para 2022, de 23% no número de furtos, passando de 7.476 para 9.231; em relação a roubos, o aumento foi de 10%, ou seja, de 6.454 para 7.131 e em relação aos furtos e roubos de veículos, o crescimento foi de 40%, passando de 4.839 para 6.796.
   Em São Caetano, houve aumento de 3% no número de furtos, passando de 1.359 para 1.773; de 10% no número de roubos, ou seja, de 714 para 788 e de 30% no número de furtos e roubos de veículos, subindo de 500 para 652 casos. O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior, na última semana, comentou sobre o tema Segurança, durante coletiva de imprensa.
“A despeito dos indicadores oficiais apresentar melhoras contínuas, a sensação de segurança que chega no morador é diferente do que o indicador que a secretaria de Segurança Pública produz e nos entrega”, revelou ao anunciar concurso para aumentar o efetivo da Guarda Civil Municipal (GCM), concurso o qual também ocorrerá em São Bernardo.
   Mauá também registrou números expressivos. De 2021 para 2022, em relação ao número de furtos, passou de 2.656 para 3.413 (aumento de 28%); roubos passaram de 2.196 para 2.511 e furtos e roubos de veículos, de 2.294 para 2.716.
Diadema, teve aumento de 19% no número de furtos, passando de 3.073 para 3.677; de 5,29% no número de roubos, passando de 4.397 para 4.630 e de 25% em relação a furtos e roubos de veículos, de 1.591 para 1.993.
   Em Ribeirão Pires, houve crescimento de 17% no número de furtos, passando de 562 para 658; 17,4% no número de roubos, ou seja, de 286 para 336 e 47,5% no número de furtos e roubos de veículos, com aumento de 265 para 391. Apenas Rio Grande da Serra registrou queda no número de furtos, de 239 em 2021, para 238 em 2022; de 64 roubos para 58. Mas houve aumento de 14,8% no número de furtos e roubos de veículos, passando de 47 para 54.
   Apesar do aumento do efetivo da Guarda Civil Municipal (GCM) nos municípios do ABC, isso não irá resolver o problema da Segurança, pois a função da GCM é realizar patrulhamento, e defender o patrimônio municipal, composto, por exemplo, por praças e monumentos, bem como zelar pelo bom convívio social em ambientes públicos.
   Alguns prefeitos da região endossam o coro para transferir a culpa dos índices de segurança ruins para o Governo do Estado. Porém, ainda que Constituição brasileira determine que a segurança pública é dever do Estado, ela assegura, também, que o assunto é “direito e responsabilidade de todos”.

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