02 May 2024


Presidenciáveis, a difícil visita aos estados

Publicado em Editorial
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Presidenciáveis, a difícil visita aos estados

Os que acompanham à distância as campanhas eleitorais para presidente da República, de um modo geral, imaginam que os candidatos são obrigados a visitar todos os estados brasileiros para serem eleitos. Não é bem assim, pois a realidade é outra, de acordo com o levantamento realizado pelo O Globo, Rio, na edição de sábado (20).

Uma parte do texto diz que “as agendas das campanhas eleitorais revelam o peso estratégico das regiões brasileiras no xadrez eleitoral. Quase 60% dos compromissos dos três principais candidatos à presidência da República foram no Sudeste, principalmente em São Paulo e no Rio. Do outro lado do tabuleiro, cinco estados (Alagoas, Amapá, Roraima, Sergipe e Tocantins) foram ignorados pelas campanhas da presidente Dilma Rousseff (PT), de Marina Silva (PSB) e de Aécio Neves (PSDB)”. Desde 6 de julho, Dilma não deu a cara em 16 estados. Marina Silva, com menos tempo de campanha até 19 de setembro, não havia pisado em 15 estados. Por sua vez, Aécio Neves foi o que mais gastou sola de sapato deixou seis estados fora de sua campanha até o momento. São Paulo, evidentemente, foi o mais visitado pelos candidatos. Das 160 agendas oficiais feitas pelos candidatos, 53 agendas de Dilma, Marina e Aécio foram para os paulistas. No Rio, outros 25 compromissos. Esses dois estados representam 37% das agendas de compromissos, pois há cinco milhões de eleitores indecisos, segundo pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada  sexta (19 de setembro). Há uma explicação para isso. “A quantidade de indecisos no Rio e São Paulo é equivalente a soma de todas as pessoas aptas a votar nos cinco estados ignorados”. Por outro lado, “o eleitorado na Região Sudeste, especialmente São Paulo, a entrada de Marina na disputa virou uma grande incógnita no processo eleitoral. É um eleitorado que não está apenas decepcionado com o governo federal, como também não reconheceu no candidato do PSDB um sucessor dos votos do grupo político que comanda o estado (SP) nas últimas duas décadas”, segundo declaração do pesquisador e cientista político da UFRJ Sandro Corrêa. O pesquisador diz ainda que “a região mais ignorada pelos presidenciáveis é o Norte do país”.
Para Ricardo Ismael, PUC-Rio, “o pouco deslocamento dos presidenciáveis é algo natural dentro do atual processo onde o maior embate acontece na cobertura da mídia e na propaganda da TV. Para ele, Dilma não precisa percorrer o país por conta de seu “latifúndio” televisivo”.
Percebe-se, assim, a dificuldade que a grandeza do país impõe aos candidatos presidenciáveis e, por isso, concentram as campanhas nas maiores zonas eleitorais. É isso aí.

 

Última modificação em Quarta, 01 Outubro 2014 12:24
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