Depois do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, nas ruas de algumas de capitais brasileiras começou as manifestações e também nos eventos culturais, que se repetem, semanalmente, os gritos de “fora Temer”. Sobre o assunto, o Estadão, edição de domingo (11), revelou, sob o título “Guerra de Comunicação”, que essa “guerra” apenas começou. Assim, o jornal diz que “o presidente Michel Temer, por sua vez, conhece bem o Congresso, não tem a mesma desenvoltura quando se trata de ir às ruas e falar às pessoas para defender as medidas necessárias para tirar o País da crise. Seus adversários, por sua vez, são especialistas em mentiras e não têm nenhum escrúpulo em explorar a crise que eles mesmos criaram para sabotar qualquer plano que vise a superá-la. Os manifestantes estão em terreno que lhes é bastante familiar, exercendo a oposição irresponsável que sempre os notabilizou”. O problema é que deixar de expor o absurdo das reivindicações dos que gritam “fora Temer” e de chamar seus adeptos à razão, o presidente permite que esse movimento ganhe impulso e seguidores. Temer, por sua vez, não encontra o tom correto para lidar com esse desafio. O presidente conseguiu apenas o movimento, em vez de desmoralizá-lo. Para ganhar a guerra, Temer não pode mais contar com a boa vontade dos que ficaram aliviados com a saída de Dilma. É preciso expor as atitudes perniciosas dos adversários, deixar evidente de quem é a responsabilidade pela crise. Somente, assim, o slogan “fora Temer” deveria ser seguido de outro “volta Dilma”. Afinal, mesmo o mais fanático adepto do “fora Temer” deve saber o mal que essa senhora fez ao País.