Em primeiro de outubro deste ano, a Folha do ABC completou 60 de existência. A publicação atual é a união do jornal A Vanguarda, com sede em São Bernardo, sob o comando de Nevino Rocco, Cyro Cassetari e Alberto M. Floret, e a Folha do ABC, com sede em Utinga, em Santo André, sob o comando do jornalista Antônio Manieri já falecido. A união foi efetivada em outubro de 1980. Na edição de 9 de outubro de 1983, no editorial, dizíamos que “a união de A Vanguarda à Folha do ABC somam-se duas equipes que sempre se edificaram por ideais e métodos de trabalho”. Nessa ocasião, A Vanguarda comemorava 25 anos de circulação, cujo primeiro número saiu em primeiro de outubro de 1956. Assim, aconteceu a união de dois jornais em um, pois a Folha do ABC saiu pela primeira vez em cinco de outubro de 1965. Um ano depois, em outubro de 1981, o nosso editorial enfatizava que “a nova Folha do ABC vingou, venceu e continuará no longo caminho em que não se vislumbra extremo. Os caminhos fáceis conduzem a efeitos e satisfações efêmeras.
Ninguém nasceu feito, nem se realiza da noite para o dia. Por isso, temos paciência e preferimos o crescimento naturalmente honesto, degrau por degrau, porque não abdicamos do respeito que já nos é dedicado por todos. Há muito por fazer, muita luta a vencer, mas a ânsia, o desejo de superar todas as dificuldades e cumprir nossas metas dar-nos-ão as forças que forem sendo necessária sua consecução. A luta de um jornal não para. Estamos firme em nosso caminho. Procuramos sempre seguir nossa trilha, a luta comercial contra os poderosos não nos intimida. Pelo contrário, cada vez mais nos dá força, a dedicação, vontade e coragem para prosseguir”.
Os anos passaram, alguns sócios deixaram o jornal para cuidar de suas atividades profissionais. Hoje, ao lado da minha esposa Neide, das minhas filhas Beatriz, que se graduou em jornalismo, e Nicole, em engenharia civil, mas o jornalismo foi mais forte, ambas pela Universidade Mackenzie, este jornal segue em frente com a mesma fibra, mesma dedicação e a dignidade. Procuramos editar um jornal com independência e credibilidade, que nem sempre são compreendidas por alguns lei-tores. Mas, a grande maioria dos formadores de opinião do ABC transformou este jornal em leitura semanal obrigatória para saber o que realmente acontece na região, sem nenhuma parcialidade. Por tudo isso, só temos que agradecer.