Realmente, os políticos brasileiros gos-tam de “mamar nas tetas do dinheiro do povo”. Agora, a novidade na Assembleia Legislativa de São Paulo é dar gabinete extra a ex-membros da Mesa beneficiando até 41 servidores, além da estrutura dos deputados. Na Alesp, durante dois anos, ex-presidentes, ex-primeiro e ex-segundo secretários da Mesa Diretora têm gabinetes para acomodar servidores, além de benefícios como carros e salas. São estruturas extras, além dos gabinetes a que normalmente já têm direito. Por sua vez, a prática foi regulamentada em 2003, sendo a única ao menos em 18 Assembleias do país. A reportagem da Folha de São Paulo procurou as Casas dos 27 Estados, mas não recebeu respostas de 9. Em 15 de dezembro, três meses antes das eleições do novo comando da Casa, a Mesa decidiu aumentar a estrutura para os “ex” e revogou um decreto de 2009 para retomar outro, de 2008. Assim, atualmente 12 servidores estão efetivamente lotados nos gabinetes dos antigos dirigentes da Alesp. Os outros cargos, portanto, ainda podem ser preenchidos.  Se todos fossem preenchidos, no mínimo, R$ 2,8 milhões ao ano, sem contar gratificações. Na quarta (8), o gabinete do ex-primeiro, sob a responsabilidade de Enio Tatto (PT), ganhou três novos servidores e tem três gabinetes diferentes. Mas, foi mantido no cargo na atual na atual gestão. Cada deputado estadual, que tem prestígio, pode contar 3 assistentes legislativos, 3 servidores em seu gabinete, 5 servidores no gabinete do ex-primeiro secretário. Também têm cotas de telefone, correio e carro oficial, que de acordo com a Casa “é para dar segmento ao trabalho” A Alesp tem 3.798 funcionários e 2.847 comissionados e no último semestre, a Alesp pagou salários R$ 570,9 milhões no último trimestre de 2015. Os gabinetes de ex custariam ao menos R$ 2,8 milhões. Como se vê, a Alesp sabe como faturar.