O senador Romero Jucá (PMDB-RR), que tem mais 10 indicações para serem julgadas no Supremo Tribunal Federal (STF), comandou lideranças da base e da oposição no Congresso para aprovar Proposta de Emenda à Constituição para retirar foro privilegiado de magistrados e integrantes do Ministério Público caso o STF leve adiante proposta de restringir o foro de parlamentares a crimes cometidos no exercício do mandato. Diante disso, o senador Romero Jucá disse a seguinte barbaridade para Ricardo Brito, publicada na primeira página do Estadão, na terça (21): “Se acabar o foro, é para todo mundo: “Suruba é suruba. Ai é tudo na suruba, não uma suruba selecionada”. E tem mais: “uma regra para todo mundo para mim não tem problema”. A afirmação do peemedebista investigado na Lava Jato foi uma reação ao debate que ganhou corpo dias atrás, após o ministro do STF Luís Roberto Barroso defender limitação do foro as acusações durante e em razão do exercício do cargo. Por outro lado, o articulista da Folha de São Paulo, Roberto Dias, na edição de quinta (23), na página dois, disse o seguinte: “o senador Romero Jucá é formalmente investigado nas duas mais importantes operações contra corrupção do momento, a Lava Jatos e a Zelotes. Um inquérito contra ele, por um caso local de Roraima, tramita há mais de 10 anos no STF. A documentação antiga que inclui uma fita cassete”. Com todos esses pepinos, Jucá (suruba) é líder do governo no Senado e presidente do PMDB. O Estadão, no editorial sobre “A falta de compostura de Jucá”, na quarta (22), enfatizou, ao comparar a uma “surubada” recentes manifestações de ministros do STF sobre a necessidade de rever o extinto do foro privilegiado, o notório Romero Jucá não se limitou a expor a falta de compostura que é uma lamentável característica de seu comportamento político. Pior que isso, o destemperado senador ajudou a piorar a já com bandidagem do governo reforçando os argumentos de quem acusa Michel Temer de estar empenhado em sabotar a Operação Lava Jato para blindar a si mesmo e aos políticos que o cercam das investigações sobre corrupção. Mas, o senador, um dia depois ter dito que restringir o foro privilegiado seria “uma suruba selecionada”, mandou bala pediu desculpa, pois havia citado a música Vira-vira, do grupo Mamonas Assassinas, para fazer a referência a “suruba”, mas que a reportagem não registrou o fato”. Esse senador é um tremendo cara de pau, não?