08 May 2024


Dia Nacional do Imigrante Italiano - 21 de fevereiro

Publicado em Luiz José M. Salata
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De forma merecida em reconhecimento ao que os imigrantes italianos praticaram nas várias atividades de suas vidas desde a chegada ao Brasil, nada mais justo e oportuno que fosse oficializada a comemoração em homenagem a tão aguerrida colônia. Assim, a data da chegada dos primeiros imigrantes italianos foi oficializada através da Lei Federal nº 11.687, sancionada em 02 de junho de 2008, justamente no Dia da República Italiana, de iniciativa do saudoso Senador Gerson Camata, oriundo do estado do Espírito Santo, rincão que em primeiro aportaram as primeiras famílias no Brasil. A homenagem traduz a influência significativa com a imensurável contribuição dos oriundi, pois integraram todos os segmentos e aspectos da vida nacional ao longo do tempo percorrido com a força do trabalho ao país. Relembremos que, por volta do século XVIII, os italianos alcançaram a libertação do jugo austríaco, em 17 de março de 1861, com a Unificação da Itália, após quarenta e sete anos de ocupação, com a efetiva e vitoriosa participação do Rei Vittorio Emanuele II, da Casa de Sabóia, Rei do Piemonte e da Sardenha, e de Camilo Benso, o Conde de Cavour, seu Primeiro Ministro. Ambos lideraram um movimento sui generis que contou com a população, considerados patriotas, com o triunvirato dos Giuseppes: Masini, através do seu jornal, Il Risorgimento, no qual escrevia artigos denunciando a situação pela ilegal ocupação e pregando um movimento de libertação; Verdi, o autor da ópera Nabucco, e por várias analogias suscitou o sentimento nacionalista italiano. Na apresentação da ópera, no terceiro ato, “O Coro dos Hebreus (Va pensiero, sull’alli dorate)” que retrata a escravidão dos hebreus na Babilônia, tornou-se a música símbolo, o que significou para os italianos a mesma situação de perda da pátria, e com isso a deflagração política; e Garibaldi, o general dos dois mundos, notável comandante por sua firme atuação que juntou os exércitos de libertação e seguindo para o norte foi expulsando os invasores. A Itália ficou livre, mas resultou em grave estagnação após todos esses anos de ocupação pelos invasores, pois que nada tinha sobrado para o desenvolvimento e reconstrução, necessitando assim de imediata solução de sobrevivência. Nessa época, o Brasil carecia do trabalho braçal nas fazendas de café dos paulistas e também de outros estados, que cultivavam o ouro brasileiro dessa época. O Imperador D. Pedro II, e o Rei Vittório Emanuele II, da Itália, que eram primos, entabularam acertos para a emigração ao nosso país de famílias italianas que necessitavam de nova vida e trabalho e, assim foram sendo cadastrados e convocados através das companhias de colonização. Para tanto, foi feito cartaz, o qual continha: “Terre in Brasil e per gli Italiani. Venite a construire i vostri sogni com la famiglia. Un paese di opportunitá. Clima tropicale vito in abbondanza. Ricchezze minerali. In Brasile putete havere il vostro castello. Il governo dá terre ed utensilli a tutti.” O chamamento deu certo, pois com o evidente interesse comum entre a Itália, que necessitava recompor as famílias no trabalho e, o Brasil, que clamava por mão de obra. O acordo resultou na primeira viagem de italianos que emigraram para o Brasil, iniciando-se no dia 03 de janeiro de 1874, no porto de Gênova, com 386 famílias, no navio a vela La Sofia, na expedição fretada por Pietro Tabacchi, para as suas terras em Santa Cruz, no Espírito Santo, atual Nova Trento, chegando em 21 de fevereiro de 1874.
Foi a primeira leva de viagem em massa de italianos para cá. em grande número de grupos familiares. A cantoria da música folclórica Mérica, Mérica, servia de alento durante a viagem e do destino final, com o slogan: “Dio, Famiglia, Lavoro”, com fervor e vontade férrea para o trabalho e nova vida. Em São Bernardo as primeiras 17 famílias aportaram no Rio de Janeiro, em 25 de setembro de 1877, no navio Sud’America, indo para Santos e subindo a Serra do Mar, aqui chegaram na segunda quinzena de outubro. Formaram aqui uma grande colônia e trabalharam seguidamente para o progresso da Vila de São Bernardo, demonstrando força e habilidade resultando na grande e indiscutível contribuição para o progresso e desenvolvimento da região. São trinta milhões no país, a maior população fora da Itália. Os italianos integraram-se nas famílias brasileiras cultivando a cultura, os costumes e as tradições da Itália, enriquecendo as relações ítalo-brasileiras, pois se engajaram nas lutas sociais, proliferaram os seus membros, fizeram prosperar cidades com construções, lavouras e plantações e se motivaram nas artes, design, moda, música, teatro, culinária, cultura, rádio, teatro, religião, comércio, indústria, vinho e dança. Tudo isso em 144 anos.

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