29 Apr 2024


As aventuras do Pinóquio no século XXI

Publicado em Luiz José M. Salata
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O tempo passou mas parece “mentira” que a história do Pinóquio está revivida nos tempos atuais pela incrível semelhança entre o comportamento de um boneco de madeira e os personagens das mais variadas figuras da vida social e política do país. Quem já deve ter escutado que o nariz cresceria depois de ter contado uma mentira, essa é a história de Pinóquio, o pedaço de madeira que ganha vida transformando-se em boneco, graças ao trabalho do marceneiro Geppetto. Ao chegar em casa, o marceneiro pegando as ferramentas começou a talhar na madeira com o intuito de confeccionar o seu boneco. Na dúvida para nominá-lo, decidiu por Pinóquio pois esse nome lhe daria sorte. Ao escolher tal nome, passou a trabalhar incessantemente e logo fez o cabelo, depois a testa e, em seguida os olhos. Ao terminá-los percebeu que eles se mexiam e fixamente, pregando-lhe um grande susto, pois o olhavam.
Apesar de poder falar, rir e dançar, o sonho de Pinóquio é o de se tornar um menino de verdade, mas para isso acontecer ele tem de se comportar bem direitinho. Mas, diante das enrascadas em que ele se mete apresentarão muitas lições para o aprendizado de vida. As muitas e diversas travessuras do boneco de madeira fazem parte do cotidiano na área do seu crescimento, se aproximando cada vez daquelas de um menino de carne e osso. Os escritos guardam muita afinidade com a existência das “fake-news” registradas diuturnamente na imprensa falada, escrita e televisiva e no cotidiano da vida dos brasi-leiros, as quais transformaram o país numa verdadeira panacéia de noticias falsas e distorcidas. Então, os envolvidos se transformarão em pessoas dotadas de longos narizes, castigo imposto aos mentirosos e que têm sido muitos se alardeando através dos seus meios de comunicação, como também nas redes sociais.
Esse negativo comportamento tem induzido os brasileiros na perda de credibilidade e prejuízos de ordem moral e de aprendizado, pois pelo tempo percorrido na apuração da verdade esta já se esvaiu. Infelizmente, essa onda está flagrantemente instalada no país, pois prejudicando principalmente os jovens que deveriam ser o futuro da nação, recebem pelos mais variados meios toda ordem de distorções nos mais diversos assuntos, os quais deveriam se firmar na educação intelectual, moral e cívica, diferentemente da verdade histórica. Tal história clássica tem encantado os leitores do mundo todo, pois das diversas obras de seu autor, Carlo Lorenzini, o qual usando o pseudônimo Carlo Collodi, jornalista e escritor italiano da era do século XIX, ficou famoso por ter criado e escrito “As aventuras do Pinóquio”.
Nasceu em 24 de novembro de 1826, na aldeia de Collodi, próxima de Florença, regione da Toscana, dai a adoção do seu pseudônimo nas assinaturas das futuras obras e livros, filho de um cozinheiro e de uma empregada doméstica. Muito ativo na juventude, seus interesses se voltaram para a política e entre os anos de 1848 e 1860, tendo participado como voluntário das guerras pela Unificação da Itália, conquista alcançada pelos italianos em março de 1861. De inicio traduziu os contos de fadas de Charles Perrault, cujas obras tiveram nele a influência direta nas histórias que começou a escrever a partir de 1875. Pretendendo seguir a carreira jornalística, tornou-se conhecido ao escrever um anúncio de uma livraria florentina, tornando-se um jornalista de grande sucesso após a publicação.
A literatura tendo começado a fazer parte de sua vida a partir de 1850, quando iniciou os escritos de peças teatrais e histórias de ficção. Com o tempo passou a escrever para jornais de toda a Itália. Contudo, com o excesso de trabalho resolveu mudar, pois fundou o seu próprio jornal Il Lampione, em 1848, mas por ter publicado algo não permitido no país, por ordem do Grão-Duque da Toscana foi ameaçado de ter o fechamento do jornal. No ano de 1853, publicou o seu segundo A Controvérsia, e seguidamente publicou várias obras, entre elas Gli amici di casa e Un romanzo in vapore, Da Firenze a Livorno, Guida storico umoristica, por volta de 1856 e I misteri di Firenze, em 1857. Teve intensa atividade em outros jornais políticos como Il Fanfulla, tendo a seguir sido contratado pela Comissão de Censura para o Teatro. Em 1876, escreveu Giannettino, inspirado por Giannetto, de Alessandro Luigi Parravicini, uma série pedagógica que explorou a reunificação da Itália através de pensamentos irônicos e ações do personagem Giannettino. Neste período compôs vários desenhos humorísticos e desenhos, tais como Macchiete, em 1880, Occhi e Nasi, de 1881, e Storie Allegre em 1887.
Em 1881, com os seus textos já publicados nas escolas inicia a série da magia que tomou conta de suas narrativas e daí surgiu a Storia di um Burattino, a História de um Boneco, publicada em capítulos, transformando-se nas Aventuras do Pinóquio. Em 1883, a história foi finalmente publicada em livro e marcando para sempre a literatura infanto-juvenil. O autor publicou outras obras, mas nenhuma delas alcançou o sucesso de sua obra-prima da História do Pinóquio. Na Itália, como se diz a boca pequena, a partir de Florença ouve-se que a criatura do Pinóquio engoliu a do seu criador, Carlo Lorenzini, com o pseudônimo de Carlo Collodi, do mais famoso personagem da literatura infantil em todo o mundo.
O signatário apreciador da História do Pinóquio presta assim justa homenagem ao seu criador, pois faleceu repentinamente e esquecido, em 1890, na cidade natal onde foi sepultado, tentando resgatar a sua biografia como o maior autor da história infantil mundial.

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