01 May 2024

Publicado em Luiz José M. Salata
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   Neste mês de junho são realizadas em todo o Brasil as tradicionais festividades populares que acontecem durante o mês, cuja comemoração é comum em todas as regiões do Brasil. No nordeste, dizem os especialistas do turismo nacional que na região são bem mais difundidas face as peculiaridades parecidas com o forró. Os historiadores apontam que as origens da festa junina estão diretamente relacionadas a festividades pagãs realizadas na Europa na passagem da primavera para o verão, momento chamado de solstício de verão, pois acontece lá no mês de junho. Eram realizadas como forma de afastar os maus espíritos e qualquer praga que pudesse atingir as plantações, e para homenagear os deuses da natureza e da fertilidade, ao mesmo tempo em que pediam uma farta colheita.
   As comemorações realizadas por diferentes povos pagãos europeus começaram a ser cristianizadas a partir do momento em que o Cristianismo se consolidou como a principal região do continente europeu. Assim, a festa originalmente pagã foi incorporada ao calendário festivo do catolicismo. Essa foi uma prática comum da Igreja Católica. Para facilitar a conversão dos diferentes povos pagãos, fazia-se uma aculturação das festividades, adicionando-as ao calendário católico e acrescentando nelas elementos cristãos. A cristianização da festa está diretamente relacionada ao estabelecimento das comemorações de importantes figuras do catolicismo, exatamente na época da passagem para o verão, entre as quais se destacam Santo Antônio (dia 13 de junho), São João (dia 24) e São Pedro (dia 29).
   O começo da festa junina no Brasil remonta ao século XVI, pois as festas eram tradições bastante populares na Península Ibérica, Portugal e Espanha e, por isso foram trazidas para cá pelos portugueses durante a colonização, assim como muitas outras tradições, as quais eram chamadas de festas joaninas. Quando introduzida no Brasil, a festa era conhecida como festa joanina, em referência a São João. Inicialmente, a festa possuía um forte tom religioso – conotação essa que se perdeu em parte, uma vez que é vista por muitos mais como uma festividade popular do que religiosa. Além disso, a evolução da festa junina no Brasil fez com que ela se associasse a símbolos típicos das zonas rurais. No período das festas juninas no Brasil, são realizadas danças típicas, como as quadrilhas.
   É farta a produção de inúmeras comidas à base de milho e amendoim, como canjica, pamonha, pé de moleque, símbolos maneira caricata, tanto homens quanto mulheres, com roupas coloridas e boas pinturas nas mulheres, e nos homens a imitação de bigodes. As fogueiras, um símbolo característico das festas juninas atualmente, também têm origem na festa pagã, porque era costume fazer fogueiras nas celebrações para ao deuses, fato absorvido para Igreja Católica. Os principais símbolos das festas juninas incluem: as comidas, as danças típicas, os balões, a fogueira, as brincadeiras e as roupas típicas. A tradição das fogueiras foi mantida pelos católicos ao longo dos tempos, que dedicaram uma forma delas para cada santo: a quadrada para Santo Antônio, a redonda de São João e a triangular de São Pedro.
   O milho é um alimento muito importante nessas comemorações e, por isso, diversas comidas típicas de festa junina levam esse ingrediente. Os principais pratos típicos de festa junina são: pipoca, paçoca, pé de moleque, canjica, cachorro-quente, pamonha, curau, bolo de milho, arroz-doce, pinhão, cuscuz e tapioca. Quanto as bebidas mais tradicionais são: vinho quente e quentão. A quadrilha é a dança típica da festa, tendo origem nos salões da França e consiste numa bailada de casais caracterizados com vestimentas tipicamente caipiras, com os homens de botinas e com calças com remendos, com lenços nos pescoços e camisas com cores listradas, e as mulheres com tranças, vestidos de pano de chita bem coloridos, e todos com vestimentas de roupas de pano xadrez, dançando em rodas seguindo a ordem verbal do locutor. Exis-te até o arranjo de um casamento caipira que é feito em homenagem a Santo Antônio, o santo casamenteiro, quando as solenidades em tom de brincadeira são realizadas com os noivos, padre, padrinhos e convidados, todos com grande alegria.
   Os balões são presentes, embora atualmente existam restrições por questões de segurança, mas tradicionalmente, é feita a soltura de balões indicando o início das festividades. Também existem as Brincadeiras como a cadeia, pau de sebo, pescaria, correio-elegante, saltar a fogueira, argola, entre outros, que não podem faltar. Estão incluídas também as simpatias que acabam carregando um pouco do tom de divertimento, e o correio elegante quando os mais afoitos declaram anonimamente os elogios às suas pretendidas com os escritos ocultos, os quais muitas vezes com a identidade dos interessados, a moçoilas recebem de com grado as propostas de namoro.
   Muitas vezes aceitas e que assim as relações se iniciavam. Essa prática está fazendo falta. Que saudade desses bons tempos quando as festas juninas eram muito mais apreciadas e frequentadas, ficando cada mais no saudoso tempo antigo.

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