Pinóquio nasceu como um boneco de madeira esculpido de um tronco de pinheiro trazido à vida pela Fada Azul, por um entalhador chamado Geppeto, em uma pequena aldeia italiana. A Fada Azul, então sabedora do que tinha acontecido, foi conhecer o invento dando os parabéns ao autor, e ao recompensá-lo, transformou o boneco de madeira em um menino, concedendo-lhe a vida. Nos seus primeiros ensinamentos após criada a sua vida, colocou-o na escola para aprender a ler e escrever com a ajuda do Grilo Falante, personagem que seria a sua consciência.
A Fada Azul lhe contou que existiam dois tipos de mentiras; as de pernas curtas, que nunca alcançam os seus objetivos, e a de nariz comprido que denuncia a farsa. Apesar de ser um boneco de madeira, sempre sonhou em ser um menino de verdade para viver a sua identidade e assim realizar o seu sonho. O autor da história do Pinóquio, Carlo Lorenzini, com o pseudônimo de Collodi, como gostava de assinar suas obras, nasceu na cidade de Florença, na Toscana, em 1826.
Collodi se trata do nome de uma comune onde Carlo passava as férias com os avós. A trajetória do autor se inicia no Instituto Degli Innocenti, um orfanato fundado em 1440, que recebia milhares de crianças cujos pais haviam morrido ou eram muito pobres para alimentá-las. A existência do instituto foi uma forte referência para o escritor, diante das muitas tristes histórias vividas pelos órfãos. Com esse nome, Geppeto era um carpinteiro solitário que um belo dia resolveu construir um boneco de madeira de forma articulada para lhe fazer companhia. Diz a história que Geppeto queria muito ser pai e fez o menino e deu-lhe o nome de Pinóquio, mas devido ao amor que o pai lhe dedicava transforma-se num menino de verdade. Então, ele se aventura por um mundo real cheio de desafios, seguido por sua consciência personificado por seus sonhos, após ter deixado o pai seguiu um circo e seus personagens.
Isso se deu quando tinha poucos anos na infância, período esse coincidente da forte imaginação das crianças e com ela surgiram as primeiras mentiras. Passou a ser travesso, egoísta, teimoso, ingênuo e mentiroso, e com muitas outras características negativas. O Grilo Falante, personagem da história, ensina a Pinóquio o que deveria ser certo ou errado. Isso decorre da história de existência do fato de que quando Pinóquio mentia, o seu nariz crescia, permanecendo até os dias atuais com bastante evidência e personagens sem fim. Esse é o momento inicial da nossa formação moral, normalmente quando ainda somos crianças quando os nossos pais, responsáveis ou professores vão nos ensinando como devemos nos comportar na sociedade em que vivemos. O tema da história de Pinóquio, muito embora sem tempo para maiores reflexões sobre tal lenda, e por não darmos conta de suas consequências, claramente se percebe que se insere no gênero de ficção científica, atualmente muito em voga.
Pois, se trata da evolução do gênero desta espécie, ao se discutir sobre os rumos tomados pelas tecnologias atualmente existentes, como a presente fabricação de robôs e outras formas de vida futurista, ante a história da criação de um boneco de madeira artesanalmente fabricado, mas sem destino certo. Ao contrário, do que essas criações futuristas apontam as finalidades mais controversas e mesmo as suas reais intenções de seus criadores.
Mas, a conclusão de toda a história do Pinóquio existente há pelo menos 197 anos, percorre o mundo todo repleta simplesmente de robustos e profundos ensinamentos que, em muito servem para a afirmação pura e simples de que não devemos mentir. Assim praticando, concluiremos pela existência do valor intrínseco da vida, louvando justamente pelo fato de sermos tudo aquilo que temos dela, a família, o trabalho e em decorrência a felicidade. E viva o Pinóquio que, de simples madeira de pinheiro e, esculpido, ao ser lhe dada a vida, disso decorreu essa fenomenal história. E assim, também, mais uma história italiana.