Uma alternativa para evitar os altos custos com a gasolina e o diesel, o Gás Natural Veicular (GNV) ganha cada vez mais adeptos. De janeiro a setembro de 2021 foram realizadas mais de 160 mil conversões de veículos para gás natural veicular (GNV), um aumento de 86% em comparação ao mesmo período de 2020, onde foram feitas 86 mil instalações, segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).

Uma pesquisa realizada pelo Sindicato das Empresas de Inspeção Veicular do Estado de São Paulo (Sivesp) em parceria com a Associação Nacional dos Organismos de Inspeção (Angis) revelou que 78% dos veículos que utilizam Gás Natural Veicular (GNV) para seu abastecimento está irregular. O estudo mostra que 70% do total de veículos a gás no Estado nunca realizou inspeção obrigatória, ou seja, não estão registrados no Renavam como possuidores de GNV como combustível. Outros 8% estão com licenciamento atrasado há dois anos ou mais, significando que também não faziam a inspeção periódica anual obrigatória. Segundo o presidente do Sivesp, Claudio Torelli, o veículo deve ser submetido à inspeção imediatamente após a instalação do sistema GNV. “A inspeção de segurança veicular é indispensável para preservação da vida. Todos os acidentes nos sistemas GNV instalados aconteceram, comprovadamente, em veículos que não estavam regularizados ou com as inspeções periódicas em dia, além de não ter o Selo de Segurança GNV do Inmetro vigente”, afirma o presidente. O Sivesp alerta que a não realização da inspeção veicular obrigatória para veículos movidos a GNV pode causar uma série de danos aos ocupantes dos veículos, usuários de aplicativos ou serviço de transporte, e também aos próprios frentistas, como danificação de peças do automóvel, acidentes de trânsito, incêndios e explosões.