Um mercado em ascensão no país, a venda de veículos elétricos teve o melhor mês de janeiro da série histórica da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), iniciada em janeiro de 2012. Foram 4.503 unidades emplacadas este ano, contra 2.558 unidades em janeiro de 2022. Um crescimento de 76%. Em comparação com 2021, a alta foi de 241%, quando foram emplacados 1.321 veículos elétricos. São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro foram as cidades que mais emplacaram carros elétricos em janeiro. Os dados foram divulgados pela ABVE.

   O avanço do mercado, no entanto, tem preocupado as montadoras, que se preparam para definir investimentos no país para os próximos anos. Na terça (7), o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio Leite, defendeu o fim do Imposto de Importação Zero para veículos elétricos. Segundo Leite, é fundamental ter uma regra e que ela dê previsibilidade ao setor. “O que defendemos é que não podemos abrir este mercado para inundar o mercado brasileiro com produtos de países de custo muito mais baixo”, revela Leite. 

   De acordo com o presidente, a entidade defende a criação de condições para fabricar veículos elétricos no país. “Não podemos matar nossa indústria de autopeças”, afirma. Atualmente, os veículos a combustão pagam 35% de imposto de importação. O presidente da Anfavea afirmou ser necessário a definição de um prazo para o imposto zero acabar e, que a isenção do imposto de importação poderia valer somente para modelos com baixo volume de vendas no país, como os veículos de luxo, que não competem com os empregos locais.