PSI (Programa de Sustentação do Investimento), com idas e vindas, provocou paralisia de quatro semanas

O presidente da Mercedes-Benz, Philipp Schiemer, São Bernardo, revelou que “na trapalhada” na condução da economia, “numa interferência inacreditável”, o governo comprometeu o desempenho da indústria de veículos comerciais, na qual a Mercedes é líder, no final deste ano. Tudo isso porque o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que faz as taxas mais nos financiamentos a bens de capital, conseguiram paralisar por quatro semanas do mercado, cujo resultado, em novembro, foi o pior mês nas vendas de caminhões nos últimos treze anos. A origem foi o anúncio, em 23 de outubro, do BNDES, operador da linha, que o programa seria antecipado para o fim do mês, gerando uma corrida para protocolarem pedidos de financiamento no banco de fomento. Porém, duas semanas depois, o governo decidiu reabrir a operação do PSI, mas nesta altura, o BNDES estava congestionado de pedidos. Foi pedido que as montadoras indicassem o que deveria ser prioritário, pois as solicitações na fila extrapolavam orçamento do programa. Com isso, as empresas perderam metade de novembro. E as vendas de caminhões, no País, caíram 61,1%, na comparação anual, para menos de 5 mil unidades.