08 May 2024


ABC fechou 52 mil postos de trabalho

Publicado em Cidades
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ABC fechou 52 mil
postos de trabalho

Região é sede das indústrias dos setores (Metalomecânico)
mais afetadas pela crise econômica mundial

As indústrias do ABC fecharam 52 mil postos de trabalho formais e informais em 2012. Assim, pela primeira vez, a região passa por uma profunda transformação porque os postos de trabalho da área de serviço têm atualmente mais postos de emprego do que as indústrias, representando mais da metade do saldo de empregos no ABC.

Em relação à área metropolitana de São Paulo, o corte nos empregos foi quase quatro vezes maior que o efetuado em todas as fábricas. Tudo isso porque, no ABC, estão instaladas as indústrias dos setores mais afetados pela crise econômica mundial, como o metalomecânico, que concentra fornecedores e fabricantes de máquinas para escritório, autopeças, máquinas e equipamentos e também metalúrgicas em geral. As informações são de pesquisas realizadas pelo Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), abordado em matéria publicada pelo Estadão, no domingo (3).
Outra razão para a crise, apontada pelo Estadão, é que “as empresas da região apostaram que a substituição da política de contenção por incentivos ao crescimento da atividade econômica, adotada pelo governo no segundo semestre de 2011, resultaria em aumento de demanda e iria acelerar as contratações. Como o crescimento econômico não se confirmou no primeiro trimestre de 2012, as empresas demitiram um número de trabalhadores maior do que haviam contratado”.
E agosto de 2011, começou o movimento de contratações, porque o governo federal iniciou a reversão da política econômica e contenção, com a finalidade de retomar o crescimento da atividade por meio da redução de juros e ampliação do crédito. O emprego industrial cresceu, abrindo 40 mil vagas no ABC. Em dezembro, o pico foi considerado fora do normal. Por isso durou pouco. Para Alexandre Loloian, coordenador de análises de pesquisa da Fundação Seade, “foi criada uma expectativa irreal e a ocupação cresceu muito. Chegou ao primeiro trimestre de 2012 e deu aquela capotada, porque não se confirmou a retomada”. Em março, 58 mil vagas, mais de 18 mil das abertas, tinham sido eliminadas. O setor metalomecânico, que abrange 58% da ocupação na indústria do ABC, tinha fechado 33 mil postos de trabalho em 2012. Uma das perdas foi o fechamento da Mangels, em São Bernardo.

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