29 Apr 2024


Diadema reduz em 67% casos confirmados de dengue

Publicado em Cidades
Avalie este item
(0 votos)

Os casos confirmados de dengue em Diadema diminuíram de 2022 em comparação ao ano de 2021, com queda no número tanto de casos autóctones quanto os casos importados. Também houve redução no número de casos notificados.

Segundo dados parciais do setor de Epidemiologia e Controle de Doenças (ECD), da Vigilância em Saúde do município, até dezembro de 2022, foram 496 casos suspeitos notificados. Em 2021, foram 625, uma redução de quase 21%. 

Já em relação aos casos confirmados a queda foi ainda maior: quase 67%, uma vez que durante todo 2022 foram confirmados 185 casos de dengue em residentes da cidade, sendo 144 autóctones e 41 casos importados de outras localidades; e, em 2021, foram 554 casos, sendo 305 autóctones e 249 importados.

Segundo a secretária municipal da Saúde, Rejane Calixto, além das ações de rotina realizadas pelas equipes de saúde, o sucesso desses números tem relação direta com os investimentos que a gestão realizou como a aquisição de cinco mil telas para caixas d’água, como medida emergencial, para instalação em moradias da cidade que estejam sem a tampa de seus reservatórios ou com ela danificada, o que representa um ambiente favorável para o criadouro do mosquito Aedes aegypti. Funciona assim: encontrar situação de reservatório sem tampa, com tampa quebrada ou rachada, o profissional da saúde fixa a capa ou, na impossibilidade, fornece ao morador para que ele regularize a situação. A instalação prioriza os locais onde já há ocorrência de casos ou onde há grande risco de dengue, além de vulnerabilidade social.

“A dengue é uma doença sazonal e durante o calor do verão, o mosquito Aedes aegypti se reproduz mais rapidamente, por isso, inspira cuidados, já que é uma perigosa e, em alguns casos, pode levar à morte. A melhor forma de combatê-la é investindo na prevenção. E é isso que temos feito. A colocação das toucas nas caixas d’água vem complementar todo um trabalho ainda maior de combate às arboviroses desenvolvido rotineiramente ao longo dos meses pelas equipes de saúde. O resultado já mostra que estamos no caminho certo e esperamos que a população continue fazendo sua parte e nos ajudando a vencer esse desafio”, afirmou a secretária da saúde.

A SMS também promoveu em 2022 ciclos de capacitações sobre manejo clínico da dengue para médicos e enfermeiros da rede municipal. A temática também faz parte das atividades do Programa Saúde na Escola, realizadas pela Saúde em parceria com a Secretaria de Educação.

A médica veterinária Nanci do Carmo, responsável pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Diadema lembra ainda outra ação recente da gestão.  “O trabalho do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) passou por uma reestruturação em 2022. Os Agentes de Vigilância em Saúde (AVS) foram realocados para as Unidades Básicas de Saúde e cadastrados em uma equipe de Saúde da Família (ESF) com o objetivo de ampliar o trabalho conjunto e articulado entre agentes de endemias, agentes de vigilância em saúde com os agentes comunitários”.

Segundo a profissional, essa estratégia vem de encontro com a necessidade do município, levando em consideração a Portaria nº 2436, de 21 de setembro de 2017, que aprova a Política Nacional de Atenção Básica e estabelece a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica. O documento prevê a integração do Agente Comunitário de Saúde (ACS) com o AVS, tendo como pressuposto de que Atenção Básica e Vigilância em Saúde devem se unir para a adequada identificação de problemas de saúde nos territórios e o planejamento de estratégias de intervenção clínica e sanitária mais efetivas e eficazes.

População deve ajudar

A visita casa a casa e a vistoria a locais estratégicos são fundamentais para sensibilizar a população, auxiliar na prevenção de possíveis criadouros e monitorar áreas com potencial risco de proliferação do Aedes aegypti. A SMS alerta os munícipes sobre a importância de receber os agentes comunitários de saúde e os agentes de endemias em suas casas. Eles devem estar uniformizados, com crachá de identificação e, em hipótese nenhuma, há cobrança pelo serviço realizado. Caso tenha dúvida, o morador pode ligar na Unidade Básica de Saúde de referência (UBS) ou no próprio Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).

A população também pode e deve ajudar, fazendo sua parte dentro e fora de casa, adotando medidas de controle simples, mas de muita eficácia, como: tampar bem as caixas d’água, guardar garrafas e latas vazias de cabeça para baixo, eliminar pratinhos dos vasos de plantas, manter ralos limpos, vedados e com tela, limpar calhas, guardar pneus em local coberto, lavar e escovar, semanalmente, a vasilha de água do animal de estimação e fechar bem lixeiras e sacos de lixo.

Já para denunciar locais com água parada e que podem ser potenciais criadouros do mosquito da dengue, o morador pode ligar diretamente no CCZ Diadema ou informar a Ouvidoria da Saúde pelo telefone: 0800-7713055 ou e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

Folha Do ABC

A FOLHA DO ABC traz o melhor conteúdo noticioso, sempre colocando o ABC em 1º lugar. É o jornal de maior credibilidade da região
Nossa publicação traz uma cobertura completa de tudo o que acontece na região do ABCDM.

Main Menu

Main Menu