O prédio do Quarteirão da Educação, que está sendo construído no bairro Promissão desde o final de 2022, em Diadema, terá sistema de reaproveitamento de água pluvial, paredes verdes e horta para que as crianças cultivem as plantas e aprendam sobre o ciclo de vida dos vegetais, placas solares para economia de energia elétrica. O complexo educacional, esportivo e de lazer será um marco na cidade, ponto de encontro para crianças, jovens, adultos e idosos, e o prédio mais verde de Diadema.

O projeto foi desenvolvido pela Escola da Cidade. Com o desafio de superar a principal dificuldade, um desnível de até 20 metros no terreno da Rua Pau do Café, foram desenhados três blocos de escolas que se encaixam e aproveitam esse desnível como a oportunidade de criar espaços integrados, amplos e de livre circulação para as pessoas.

“Todos os estudos e o projeto básico, desde o início, foram patrocinados por um empresário da cidade, que conheceu a ideia do Quarteirão da Educação e quis fazer parte dessa construção”, explicou Mário Reali, assessor especial do prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior, e um dos coordenadores do projeto. “É um desenho que lembra os CEUs (Centros Educacionais Unificados) e algumas unidades do Sesc (Serviço Social do Comércio), reúne todas as boas ideias desses projetos”, pontuou Reali.

O assessor ainda explicou que o conceito que baseia a obra parte do projeto da Escola Parque, criado pelo educador Anísio Teixeira na década de 1950. A ideia era integrar o ensino regular com diversas outras atividades, inclusive aulas profissionalizantes, atendendo diversos públicos. A primeira escola de educação integral foi implementada na Bahia e depois retomada nos CIEPs (Centros Integrados de Educação Pública), implementados pelo ex-governador do Rio de Janeiro Leonel Brizola, e nos CEUs e Territórios CEUs, implementados pelos ex-prefeitos Marta Suplicy e Fernando Haddad em São Paulo.

“É uma ideia consolidada, essa de unir em um mesmo espaço, salas de aula, locais para práticas esportivas como as quadras e piscinas que vamos ter, bibliotecas, teatro, enfim, uma série de instalações que vão permitir o uso dos espaços não apenas pelos estudantes da educação infantil, ensino fundamental e EJA (Educação de Jovens e Adultos), mas por toda a comunidade do entorno”, completou Reali.

A estimativa da Secretaria de Educação é acolher mais de 1.800 estudantes, sendo 260 de 0 a 3 anos, 512 de 4 a 5 anos, 869 do ensino fundamental (1º aos 5º anos) e 224 da EJA (Educação de Jovens e Adultos, até a 8ª série). Haverá oficinas de artes cênicas, balé, música, ginástica artística, natação, hidroginástica e capoeira.