A Universidade de São Caetano do Sul (USCS) completou 55 anos, nesta terça (1) de agosto. Para celebrar a data foi realizada palestra com o filósofo e professor, Clóvis de Barros Filho, em buffet da cidade. Também será promovida sessão solene na Câmara Municipal, na quinta (3), quando o reitor Leandro Prearo irá receber o título de cidadão sulsancaetanense.

Segundo o reitor, a missão da universidade é ir para além dos seus muros. “Estamos cada vez mais não só produzindo para dentro de nossas bibliotecas, mas produzindo para ter um impacto direto e imediato na sociedade. Então, hoje, em todos os nossos cursos tentamos montar algo pensando no que pode ser oferecido para a sociedade”, diz.

Fundada em 1968, o ano conhecido como “o que não terminou”, a USCS atingiu números de impressionam são cerca de 11 mil alunos, 6 campi, 59 cursos presenciais de graduação em 6 diferentes escolas, mais de 20 cursos de pós-graduação Lato-Sensu, 24 cursos EAD de graduação e 6 mestrados e doutorados.  

A universidade também possui Colégio, onde oferece o Ensino Médio para 1.550 alunos; cursinho universitário para alunos de baixa renda; HUB de Inovação, que oferece oportunidade para startups da região se desenvolverem por um ano; Centro de Pesquisa Clínica; Farmácia Escola; Clínicas de Fisioterapia, Psicologia, Odontologia; Laboratório de Análises Clínicas; Centro Ambulatorial, entre outros.

Prearo anunciou, durante coletiva de imprensa, que a USCS irá criar um Centro de Inovação dentro do campus Centro, que será custeado com verba do Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A obra deverá ter duração de 4 meses. O reitor também revelou que será inaugurado, provavelmente no próximo dia 23 de agosto, o prédio próprio para as Pesquisas Clínicas, na rua Santo Antônio. Ainda contou que no campus Manoel Coelho (Av.Goiás), a partir deste mês, será instalado a academia escola da universidade.

O destaque fica por conta da Parceria Público Privada (PPP) para revitalizar o antigo Hospital São Caetano, transformado em Hospital Municipal Universitário- USCS, em 2019. “Ele deverá atender uma parte pelo SUS, cerca de 40% e outra privada. O prédio não é da Prefeitura, possui dívida vultosa que já virou precatório e, anos atrás, estava em mais de R$ 60 milhões. Agora, precisamos de investimentos de R$ 150 milhões para revitalizá-lo”, disse. De acordo com Prearo, a ideia é buscar parceiros sem fins lucrativos, que são obrigados por lei a terem um percentual grande de atendimento filantrópico.

A USCS também foi palco para gravação do documentário “Guardiões das Águas”, que será exibido pela Netflix, a partir da última semana de outubro. No filme será possível conhecer o trabalho desenvolvido pela professora e pesquisadora, Marta Angela Marcondes, que também coordena o Laboratório de Análise Ambiental.

O Projeto IPH (Índice de Poluentes Hídricos), desenvolvido na universidade, mede a poluição de rios como o Pinheiros, Tietê, Ribeirão dos Couros, dos Meninos, da Represa Billings, entre outros. “Trazemos informações sobre a qualidade das águas dos rios, e como ela afeta a saúde das pessoas”, explicou a professora. A iniciativa recebeu incentivos da Lei Rouanet, e as filmagens também passaram pelas represas Billings e Guarapiranga.

“Antes da quantidade, veio a qualidade. Não só a qualidade de ensino, mas isso que está no nosso DNA, que é estar junto com a comunidade, fazendo extensão. Todos os nossos cursos oferecem serviços à comunidade, às pesquisas e têm um impacto direto na sociedade”, finaliza Prearo.