Em outubro de 1969 surge em São Bernardo um restaurante que já trazia uma história de muita dedicação e trabalho do casal José e Marianita, que tinham deixado sua terra natal no interior de Sergipe para buscar uma vida com mais conforto. Na bagagem não traziam só a família, mas muita coragem para tentar uma vida longe dos seus entes queridos.

   A viagem foi longa em cima de um pau de arara assim era chamado aqueles caminhões que traziam famílias inteiras para São Paulo.

   A família já vinha com 2 filhos pequenos Teresa, Marcos e a matriarca estava grávida da  terceira filha do casal (Rita) que nasceu em São Bernardo. E a família não parou por aí, depois nasceu Vicente, Luiz Jorge, Fernando (falecido ainda pequeno), e a caçula Maria Auxiliadora.

   A vida não foi fácil, com os fi-lhos pequenos os dois precisavam trabalhar para o sustento da família. Marianita sempre teve pessoas boas que a ajudavam no cuidado da casa e dos fi-lhos, e ainda assim uma coisa que ela gostava e fazia muito bem era cozinhar. Era uma quituteira de mão cheia.

   Nos finais de semana a casa do casal recebia amigos, e por serem muito religiosos os padres também eram visitas frequentes. Eles  se deliciavam com os pratos preparados por Marianita como: moqueca, vatapá, caruru entre outros. E eles foram incentivados a abrir um restaurante diante disso, José conheceu uma pessoa, Lucio Salvagni que tinha duas churrascarias uma no Planalto e outra na Av. Lucas Nogueira Garcez, em frente a Prefeitura, e ofereceu a ele a compra de uma delas. Ele não pensou duas vezes hipotecou a casa e arregaçaram as mangas e aí nascia o Nordestão.

   Ela assumiu a cozinha e ele junto ao filho mais velho a administração e depois vieram outros  filhos Vicente, Lula e Tereza.

   Muitos anos se passaram, poderíamos citar muitos funcionários  como Raimundo, Selma, Maria, Laura, Candida entre tantos outros, clientes, amigos, familiares que fazem do restaurante um lugar agradável com uma comida saborosa  e feita com muito carinho.

   Hoje, o restaurante está sob a direção do filho mais novo Lula e o neto Lulinha que é a terceira geração desta árvore de trabalhadores. São muitos anos de trabalho, dedicação, amizades, receitas, temperos etc. “Tudo vale a pena quando há amor e comprometimento”, dizem Luiz Jorge Mendonça Filho e Luiz Jorge Mendonça.