29 Apr 2024

É Carnaval

Chegou a festa brasileira mais popular do mundo, as pessoas se preparam para cair na folia. Para muitos, o Carnaval aliado ao verão, alegria, músicas e bebidas, compõe a melhor época do ano. A festa ainda alimenta a economia brasileira que, segundo estimativa da Confederação Nacional do Turismo (CNC), deve movimentar cerca de R$ 8 bilhões no País. O Rio de Janeiro é o Estado com maior geração de recursos advindos do carnaval, com R$ 2,32 bilhões, seguido por São Paulo, com R$ 1,95 bilhão, e Bahia, com R$ 1,13 bilhão.
Em São Paulo, folia ficará por conta dos tradicionais desfiles no Sambódromo do Anhembi e milhares dos blocos de rua, que caíram, definitivamente, nas graças da população. O carnaval de rua de São Paulo terá número recorde de blocos desfilando em 2020: serão 644 blocos em 678 desfiles, segundo a Prefeitura de São Paulo. No ABC, o cenário não é diferente, diversos bloquinhos tomaram as ruas.
É época de encontrar foliões fantasiados se deslocando pelas ruas da cidade. Moças, que se vestem de maneira idêntica, quase que como um uniforme, com bodys coloridos e saias de tule; homens, que se fantasiam de mulheres ou de algum super-herói. Até aí, tudo bem. Porém, o que cantar em tempos do politicamente correto e da defesa das minorias? As tradicionais marchinhas carnavalescas, atualmente, estão quase que proibidas. Como ecoar, em alto e bom som: “Olha a cabeleira do Zezé/ Será que ele é?/ Será que ele é?...” ou “O teu cabelo não nega mulata, mulata / Porque és mulata na cor/ Mas como a cor não pega, mulata / Mulata eu quero o teu amor.” Então, muda-se para canções mais inclusivas, da queridinha do momento, Anitta, ou até de Daniela Mercury e Caetano Veloso, com versos escandalosos como: “Abra a porta desse armário. Que não tem censura pra me segurar”.
O Carnaval da atualidade com seus consagrados excessos, seja pela bebida, uso de entorpecentes, sexualidade exacerbada, virou um verdadeiro protesto. O objetivo não é aproveitar a festa é chocar a todos, seja pela roupa, comportamento, etc, ou a falta deles. Tanto que no Carnaval passado o episódio ‘golden shower’, que viralizou nas redes sociais, envergonhou muitos. Igualmente chocante, neste ano, no pré-carnaval, foliões foram baleados em plena Av. Berrini, em São Paulo. As festas da folia dos dias atuais em nada se assemelham aos gloriosos e luxuosos carnavais de décadas atrás.
Os primeiros Carnavais em São Paulo datam o começo do século XX. Em 1912, a festa da folia passou a ocupar as principais vias da cidade. Neste ano, também, foi a primeira vez que as mulheres puderam participar da festa, antes um direito exclusivo dos homens. As famílias da high society desfilavam em carros enfeitados. Já o primeiro bloco carnavalesco paulistano nasceu na Barra Funda, em 1914, em uma iniciativa do marceneiro Dionísio Barbosa, que viveu três anos no Rio de Janeiro e conheceu a folia popular. De volta, reuniu a família, os vizinhos e os amigos que, trajando camisa verde e calça branca, ocuparam as ruas da região. Isso, sem mencionar os inúmeros bailes de Carnaval, onde os participantes exibiam trajes luxuosos e desfilavam com tradicionais máscaras venezianas.
Tudo pode ser mudado, inclusive o tema que ilustra o brilho dos confetes coloridos, da serpentina, da lantejoula ou do paetê. Porém, o som que prevalece não é só o das músicas, infelizmente, há muito ruído poluindo os tamborins que tocam a alegria e conduzem a folia.

Aliança
O presidente Jair Bolsonaro esteve em São Paulo, na terça (4), para selar sua aliança com o empresário e presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, Paulo Skaf, que deverá assumir o diretório paulista do Aliança pelo Brasil, assim que o partido bolsonarista seja registrado na Justiça Eleitoral. A agenda ainda previa um encontro com José Luiz Datena, nome preferido dos apoiadores de Bolsonaro, para a Prefeitura de São Paulo.

Aliança I
Mas, Datena não apareceu e quem acabou se encontrando com o presidente foi outro pré-candidato, o ex-vereador Andrea Matarazzo (PSD). Matarazzo afinou o discurso com Bolsonaro e sinaliza que poderá ser o candidato do presidente, para Prefeitura de São Paulo, nas eleições de outubro próximo.

Candidato
Datena ainda é cobiçado por outro partido. Na segunda (10), o apresentador jantou com o presidente do MDB, Baleia Rossi, para tratar de sua possível filiação. Nos bastidores, apesar do apresentador negar sua intenção, cogita-se a chapa para a Prefeitura de São Paulo, formada por Datena (prefeito) e Márcio França (vice). Porém, o ex-governador de São Paulo, de abril de 2018 a 1º de janeiro de 2019, não descarta candidatura própria a prefeito. Já marcou, para depois do Carnaval, encontro com Carlos Lupi e Ciro Gomes, ambos do (PDT).

Carta
Durou pouco o efeito da carta aberta elaborada por grupo de 20 governadores, entre eles João Doria (São Paulo), Wilson Witzel (Rio de Janeiro) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), na segunda (17), que critica o presidente Jair Bolsonaro por declarações sobre o caso de Adriano Magalhães da Nóbrega, morto em confronto com a polícia baiana. Um dia depois, na terça (18), os governadores já fizeram apelo por uma trégua entre governo federal e os Estados. Doria, Witzel e Leite estiveram juntos, em um evento em São Paulo e, até convidaram Bolsonaro a participar da próxima reunião do Fórum de Governadores, marcada para abril.

Tímido
Inaugurado em outubro último, o Centro de Operações Integradas de São Bernardo (COI), espaço que integra a Polícia Civil e Polícia Militar, ainda apresenta resultados tímidos no município. Segundo estatísticas criminais, referente ao mês de janeiro, reveladas na última reunião, São Bernardo apresentou redução nos casos de furto de veículos de 220 para 155, e também de roubo de veículos, de 127 para 122, na comparação com o mesmo período do ano passado. A modalidade de roubo de celulares representou em janeiro mais da metade das ocorrências atendidas no 40º Batalhão da Polícia Militar. Dos 182 casos de roubo naquela área, 95 tiveram aparelhos telefônicos subtraídos.

Agenda
O prefeito de Santo André, Paulo Serra, foi entrevistado por Denise Campos Toledo JG- Jornal da Gazeta, na segunda (17). Na ocasião, abordou, dentre outros temas, eleições. Serra afirmou que o PSDB passa por reestruturação para fugir da nova realidade do Brasil, ou seja, a de ‘país polarizado’. “Isso não tem trazido resultados positivos”, disse. Revelou ainda que a sigla se prepara para as eleições de outubro próximo, com novos quadros, valorizando boas gestões, boas práticas administrativas e que serão prévias para as eleições de 2022.

Agenda I
Na terça (18), o prefeito ainda esteve em Brasília, onde obteve, por meio do deputado federal Marcos Pereira (Republicanos), emenda parlamentar no valor de R$ 1 milhão, que será destinada às obras do Hospital do Idoso, na Vila Luzita e, para modernização de equipamentos das unidades de Saúde. Apesar do ABC possuir três deputados federais: Alex Manente (PPS), Vicentinho (PT) e Luiz Carlos Motta (PR), Serra recorreu a um deputado que não é da região para obter essa ajuda para a saúde municipal.

Agenda II
Em Brasília, Serra ainda garantiu outro recurso para o município, no valor de R$ 4,4 milhões, por meio do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), para o projeto de revitalização de Paranapiacaba.

Nome
Um nome tem se destacado no cenário político de São Caetano. Com grande desenvoltura, Marcos Bassi, reitor da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), além de levar a instituição a bons patamares de ensino, também tem chamado a atenção por ser bom negociador e articulador. Nos bastidores, já se comenta que será difícil Bassi não participar das eleições de outubro próximo. Há quem aposte que Marcos poderá até ser o novo vice do prefeito Auricchio, num segundo mandato.

Visitas
Ainda faltam alguns meses para o pleito, mas, os prefeitos do ABC, já têm intensificado, em suas agendas, as reuniões e visitas. Só nesta semana, Orlando Morando, participou de um debate com alunos do Colégio Adventista; Paulo Serra se reuniu com comerciantes e alunos de uma academia e José Auricchio Júnior recebeu em seu gabinete colegas andreenses, como o presidente da Câmara de Santo André, Pedrinho Botaro, o vereador Lucas Zacarias e o vice-prefeito Luiz Zacarias.

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Não se justifica a manutenção do Fundo Partidário. Animei-me ao ouvir o Senador Major Olímpio execrar essa excrescência e pensei que a renovação do Parlamento não hesitaria em eliminar esse financiamento de campanhas eleitorais. Mas o Brasil nos ensina a tentar dar um passo à frente e retroceder muitos passos. Ouço agora que o Fundo não só está imune à extinção, como vai ser robustecido.
Quando constatamos a realidade brasileira de empobrecimento de uma vasta parcela que acreditara haver deixado a miséria, tomamos conhecimento de que a maior parte da população ainda não conta com saneamento básico, é incrível aceitar que se mantenha um Fundo Partidário.
Indústria sucateada, escolas capengando, saúde na UTI. Poluição aumentando, agrotóxicos predominando e o desmatamento também. Os países que tiveram guerra e enfrentam tsunamis e terremotos avançaram anos-luz mediante uma educação de qualidade. Investiram na pesquisa de ponta. São campeões no registro de patentes.
Enquanto isso, noticia-se que de 2009 a 2018, o valor repassado aos partidos políticos do Brasil supera em quatro vezes o orçamento destinado à pesquisa. Os governos seguidamente reduzem tais recursos, tidos como sofisticação inútil para um país exportador de commodities e que não tem condições de competir com o Primeiro Mundo. Em 2018, a verba que deveria atender ao incentivo e desenvolvimento da inovação passou de R$ 4,8 bilhões para R$ 1,4 bilhão.
Não há dinheiro para financiar o futuro, mas sobra dinheiro para financiar o atraso. República de quarenta partidos não pode dar certo. Há candidatos que se sustentam com o Fundo Partidário. São candidatos de si mesmo, formando uma diretoria em que todos são parentes próximos ou subordinados ao “líder”.
Até mesmo os Institutos mantidos pelos Partidos para educar a cidadania, para realizar cursos, para aprimorar a conduta político-partidária, não funcionam. Mas continuam a receber polpudos recursos extraídos do famigerado Fundo Partidário.
Os novos parlamentares provaram que a estrutura partidária pouco interessou para os eleitores que não aguentavam mais a “velha política” e quiseram renovação. Campanhas paupérrimas geraram milhões de votos. Milhões de reais – ou bilhões? – produziram derrota de quadros bem célebres.
É um significativo sintoma de que a Reforma Política não é menos importante do que as demais. Que comece com a eliminação do Fundo Partidário. Quem quiser prestigiar o partido se filie e pague uma mensalidade. Não tem sentido o povo sacrificado, sob uma tributação que é a mais elevada do planeta, diante do crescimento da desigualdade, a proliferação da miséria, continue a sustentar a opulência.
Dentro da Reforma Política poder-se-ia pensar que a vereança em municípios que não dispõem de receita seja exercida sem salário. Como já foi antigamente e funcionava. Não existe a profissão “político”. Para cidades pequenas, reunir-se uma vez por semana no salão paroquial mostra o interesse da cidadania pelo enfrentamento consistente dos pequenos problemas locais. Redução de número de partidos, extinção do Fundo Partidário e eleições inteiramente informatizadas.
É irracional a mobilização de milhões de pessoas para aferir a vontade do eleitor, que pode ser manifestada por seus mobiles, com uma economia considerável. Temos 265 milhões de celulares para uma população de 211 milhões de habitantes. O mundo admite voto por correspondência. Por que o Brasil, que provou a eficiência do voto eletrônico, não pode colher a vontade do eleitorado mediante uso dessa tecnologia disponí-vel e que está servindo para transações financeiras e outras tarefas tão ou mais importantes como a de escolher um representante?
Mas o primeiro passo, exijamos isso, é a eliminação do Fundo Partidário. O mais, virá por acréscimo.

Governo militarizado

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Somente para quem não presta atenção aos movimentos do poder, as coisas podem deixar de ser consideradas em sua verdadeira causa. Por exemplo: a chefia da casa civil do palácio presidencial em  Brasilia é hoje ocupada por um militar o general Walter Braga Netto, até então chefe do estado Maior do Exército. Pode parecer um contra senso um militar exercendo funções na Casa Civil, mas é a realidade atual no Brasil. Podemos até compreender que o presidente Bolsonaro queira estar cercado, no governo, por pessoas de sua confiança, mas também não precisa exagerar ao ponto de, aos poucos, cuidar de militarizar a administração pública, que é um poder civil, por excelência, num regime democrático em que assuntos de governo sejam tratados de acordo com sua natureza e destinação: se temos uma Casa Civil na formação da estrutura governamental, temos também um Ministério da Guerra, ou equivalente, geralmente ocupado por um militar. O Civil e o Militar são duas esferas de formação de um governo devendo ser entregues ao comando  de um cidadão civil e um militar, cada um do âmbito  da natureza de sua especialização. O atual governo, no entanto, resolveu misturar atribuições de poder virando de ponta cabeça a ordem natural das coisas.
É da natureza dos governos ter poderes estanques exercidos por pessoas sempre de cada especialidade, salvo exceções muito bem caracterizadas, para que a máquina administrativa do Poder seja tangida da melhor maneira, tanto quanto possível. Seria até natural que nosso atual presidente, sendo capitão reformado do Exercito, tenha mais confiança em pessoas de origem da caserna, mas não é admissível que depois de uma longa permanência no cargo de membro do poder legislativo, como deputado federal por seis mandatos consecutivos, não tenha feito ligações com pessoas de outras esferas com quem certamente conviveu, além de companheiros de farda. Impossível que encontre 'traíras' entre pessoas de sua convivência, de sua confiança, pois afinal amigos de verdade serão sempre coadjutores, ou quando não o sejam, serão com certeza torcedores para que suas atividades políticas possam ser exemplo para seguidores e mesmo que, não sendo seguidores, confiam no poder de seu comando frente à máquina da administração pública.
O presidente declarou, recentemente, que daria 'cartão vermelho' a algum de seus ministros que estivessem usando essa importante função como membro de seu governo com propósito  meramente eleitoreiro.
Pelo menos, em relação ao seu atual chefe da casa civil, militar respeitado por sua conduta no exercício de tantas e tão importantes funções a que se dedicou, na sua carreira militar, seguramente Bolsonaro não terá nenhuma decepção. Nem nós brasileiros que  nele confiamos até porque é pessoa de formação rígida desde a disciplina  da caserna, até onde seja reclamada sua atuação firme no exercício de qualquer função pública, como agora na Casa Civil do governo federal. Até mesmo como anteparo a eventuais  presumíveis propósitos antidemocráticos  do  capitão Bolsonaro. Que, de resto, ele não esconde, nem  mesmo dissimula. E continuará a demonstrar, como vem fazendo até agora, sérias restrições ao regime das liberdades democráticas que estão a impedí-lo de bater o martelo para impor um sistema repressivo de governo como já tivemos no longo período do regime militar que vigorou desde  1964 até o advento da abertura pela Constituição atualmente vigente entre nós, felizmente.

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A festa da alegria finalmente chegou. Para muitos que se retiram das cidades para o litoral ou para o interior, as malas já estão prontas.
Para quem gosta da folia, carnaval de rua ou de salão, as fantasias já preparadas. Quem se inscreve para desfilar na avenida nos grandes clubes, as fantasias já chegaram com alguma antecedência. Cada um se diverte da forma que gosta, leves, livres e soltos.
A gente espera que os beberrões se mantenham na linha e os larápios não estraguem a alegria dos carnavalescos.
Esta semana tivemos a primeira reunião do Centro de Memória, onde nos sentimos em Casa, e mascarados e com alguns adereços mais alegres, fizemos nosso carnaval animados pela bandinha do Maestro Conceição. Matamos a saudade cantando as marchinhas antigas, cujas letras todos lembramos. Nossa amiga Evani Beletatto foi vestida de Carmem Miranda, bem autêntica. Outro com o bonezinho de presidiário, recém solto pelo STF, da prisão.
Lembrei dos tempos em que retiravam as cadeiras do Cine São Bernardo e adaptavam o salão para bailes. Foi lá aos doze anos com a amiga Cecília Pasin, que pela primeira vez fui a uma matiné carnavalesca. Hoje é uma grande loja de calçados, toda reformada. Depois, no salão dos Pelosini, onde hoje deve ser o Shoppinho do Coração. Mas, os melhores eram na Sociedade Italiana, grande salão onde eram comemorados os grandes eventos da cidade, como formaturas e muitas mais grandes festas. Ele virou a Radio Independência e hoje acho que no local, é uma grande loja de cosméticos.
Quando comecei a namorar, ainda passei alguns carnavais aqui, lembro que então, meus pais, 5 irmãos, primos e amigos seguíamos para a Praia Grande. No domingo nos dirigíamos para a cidade de Santos, participando dos corsos, já com o lança perfume proibido, levávamos água e farinha ara jogar nos pedestres. Depois de casar com o Theo, íamos em família para Itanhaém, e lá, junto aos amigos, enquanto meus pais cuidavam dos fi-lhos, participamos algumas vezes do carnaval no Iate Clube. Era o que tinha. Gostávamos mais de observar e conversar do que pular. Temos boas lembranças desse nosso grupo.
Ultimamente tenho passado esses dias de festa em casa. Me divirto indo ao cinema, vendo filmes na Netflix e ocasionalmente, fazendo alguma visita para quem precisa de companhia.
Meus amigos…Que vocês aproveitem esses feriados, se divertindo, seja em que lugar estejam foliando, descansando ou…Ainda fazem retiro?
Tudo com a cabeça raciocinando…rsrsss
Bom CARNAVAL…um abraço,
Didi

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A  chegada dos primeiros imigrantes italianos ao Brasil, está oficializada através da Lei Federal nº 11.687, sancionada em 02 de junho de 2008, justamente no Dia da República Italiana, de iniciativa do saudoso Senador Gerson Camata, oriundo do estado do Espírito Santo, rincão  que em primeiro aportaram as primeiras famílias no Brasil. A homenagem traduz a influência significamente com a imensurável contribuição dos oriundi, pois integraram  todos  os segmentos e aspectos da vida nacional ao longo do tempo percorrido com a força do trabalho ao país. Retornando à história, por volta do século XVIII, os italianos alcançaram a libertação do jugo austríaco, pois em 17 de março de 1861, com a Unificação da Itália, após quarenta e sete anos de invasão, com a efetiva e vitoriosa participação do Rei Vittorio Emanuele II, da Casa de Sabóia, Rei do Piemonte e da Sardenha, e de Camilo Benso, o Conde de Cavour, seu Primeiro Ministro. Ambos lideraram um movimento sui generis que contou com a população, considerados patriotas, com o triunvirato dos Giuseppes: Masini, através do seu jornal, Il Risorgimento, no qual escrevia artigos denunciando a situação pela ilegal ocupação e pregando um movimento de libertação; Verdi, o autor da ópera Nabucco, e por várias analogias suscitou o sentimento nacionalista italiano. Na apresentação da ópera, no terceiro ato, ”O Coro dos Hebreus (Va pensiero, sull’alli dorate)” que retrata a escravidão dos hebreus na Babilônia, tornou-se a música símbolo, o que significou para os italianos a mesma situação de perda da pátria, e com isso a deflagração política; e Garibaldi, o general dos dois mundos, notável comandante por sua firme atuação que juntou os exércitos de libertação e seguindo para o norte foi expulsando os invasores. A Itália ficou  livre, mas resultou em grave estagnação após todos esses anos de ocupação pelos invasores, pois que nada tinha sobrado para o desenvolvimento e reconstrução, necessitando assim de imediata solução de sobrevivência. Nessa época, o Brasil carecia do trabalho braçal nas fazendas de café dos paulistas e também de outros estados, que cultivavam o ouro brasileiro dessa época. O Imperador D. Pedro II, e o Rei Vittório Emanuele II, da Itália, que eram primos, entabularam acertos para a emigração ao nosso país de famílias italianas que necessitavam de nova vida e trabalho e, assim foram sendo cadastrados e convocados através das companhias de colonização. Para tanto, foi feito cartaz, o qual continha: ”Terre in Brasile per gli Italiani. Venite a construire i vostri sogni com la famiglia. Un paese di opportunitá. Clima tropicale vito in abbondanza. Ricchezze minerali. In Brasile putete havere il vostro castello. Il governo dá terre ed utensilli a tutti. ”O chamamento deu certo, pois com o evidente interesse comum entre a Itália, que necessitava recompor as famílias no trabalho e, o Brasil, que clamava por mão de obra. O acordo resultou  na primeira viagem de italianos que  emigraram para o Brasil, iniciando-se no dia 03 de janeiro de 1874, no porto de Gênova, com 386 famílias, no navio a vela La Sofia, na expedição fretada por Pietro Tabacchi, para as suas terras  em Santa Cruz, no Espírito Santo, atual Nova Trento, chegando em 21 de fevereiro de 1874. Foi a primeira leva de viagem em massa de italianos para cá, vindos do norte da Itália. E, seguidamente, os ita-lianos passaram a vir para o Brasil, em grande  número  de grupos familiares de outras regiones. A cantoria da música folclórica Mérica, Mérica, servia de alento durante a viagem nas dúvidas de como seria o destino final e, com o slogan: “Dio, Famiglia, Lavoro”,  com fervor e vontade férrea para o trabalho. Em São Bernardo as primeiras dezessete famílias aportaram no Rio de Janeiro, em 25 de setembro de 1877, no navio Sud’America, indo para Santos e subindo a Serra do Mar, aqui chegaram na segunda quinzena de outubro. Formaram aqui uma grande colônia e trabalharam para a mudança do perfil da Vila de São Bernardo, como também foram para São Caetano do Sul e Santo André, na mesma época, demonstrando força e habilidade e que resultou na grande e indiscutível contribuição para o progresso e desenvolvimento da região. São trinta milhões no país, a maior população fora da Itália. Os italianos integraram-se nas famílias brasileiras cultivando a cultura, os costumes e as tradições da Itália, enriquecendo as relações ítalo-brasileiras, pois se engajaram nas lutas sociais, proliferaram os seus membros, fizeram prosperar cidades com construções, lavouras e plantações e se motivaram nas artes, design, moda, música, teatro, culinária, cultura, rádio, teatro, religião, comércio, indústria, vinho e dança. Tudo isso em 142 anos.


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