02 May 2024


Redução do IPI anima setor automotivo, mas guerra preocupa

Publicado em Negócios
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O setor automotivo, que enfrenta a escassez de semicondutores desde o início da pandemia, teve uma notícia animadora: a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), anunciada no final de fevereiro pelo governo federal. Para a maior parte dos produtos, a redução foi de 25%, alguns tipos de automóveis tiveram redução menor na alíquota, de 18,5%. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), Luiz Carlos Moraes, afirma que a redução vai aliviar parte do reajuste a ser repassado aos preços finais. “ A redução, embora ainda tímida, é benéfica não só para o setor industrial, mas também para a geração de empregos, para os consumidores e para a sociedade”, afirma o presidente.

Novos preços - Para os consumidores, a nova alíquota representaria redução de 1,4% a 4,1% nos preços dos veículos, dependendo do tipo do motor. No caso do carro motor 1.0, o imposto vai diminuir dos atuais 7% para 5,7%, uma diferença de 1,3% no valor final do automóvel. Um modelo Hyundai HB20, que custa atualmente R$ 74.590, com a redução passa a valer R$ 73.620, desconto de R$ 970.

Desafios - Se por um lado a redução do IPI anima o setor, por outro, a guerra entre Rússia e Ucrânia deve inibir o mercado. Com a alta nos preços das commodities e as mudanças nas rotas dos navios e aviões, o problema da falta de semicondutores deve se intensificar, pois os dois países em conflito são importantes fornecedores da matéria-prima usada na fabricação desses materiais.“Ainda é cedo para avaliarmos os inevitáveis reflexos negativos sobre a economia global e sobre o fluxo da cadeia logística do nosso setor. O mundo, ainda vivendo sob uma pandemia que cobra tantas vidas e desorganiza a sociedade, pode sofrer novos e duros golpes caso esse conflito não seja resolvido com um cessar-fogo imediato e a volta da diplomacia”, afirmou o presidente da ANFAVEA. Além da escassez de peças, o aumento da Selic, as eleições e a variante Ômicron podem influenciar o desempenho da indústria automobilística em 2022.
Projeções - Mesmo com tantos desafios, a ANFAVEA esperar fechar 2022 com 2,14 milhões de automóveis de passeio ou comerciais leves vendidos, alta de 8,4% sobre o volume de 2021. No caso do setor de pesados (ônibus e caminhões), a expectativa é fechar o ano com 157 mil unidades vendidas, um crescimento de 10% sobre o total de 2021.

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