O advogado Marcelo Doval Mendes é o novo superintendente do SAESA (Sistema de Água, Esgoto e Saneamento Ambiental). Mendes, que foi empossado, na segunda (14), pelo prefeito José Auricchio Júnior, assume o comando da autarquia, após um período de mais de cinco anos sob o comando de Rodrigo Toscano. Em entrevis-ta exclusiva, o superintendente revelou que São Caetano não corre risco de racionamento e que a cidade já possui 100% de esgoto coletado e tratado. Confira.

Folha do ABC - Na ocasião em que o DAE foi transformado em Saesa, um dos modelos de inspiração de saneamento integrado, foi o Semasa, de Santo André, que hoje é operado pela Sabesp, assim como ocorre com os serviços dos demais municípios do ABC. Na sua avaliação, o que falta para que o Saesa não perca sua efetiva autonomia e acabe sendo integrado à Sabesp?

Marcelo Doval - A transformação do DAE em SAESA foi um marco para São Caetano. A mudança acarretou melhorias e modernização na sua estrutura e serviços, com investimentos em todos os aspectos relacionados ao saneamento básico. Os serviços prestados pelo SAESA seguem em expansão e garantem sua plena autonomia.

Folha - O que tem sido feito para que a população de São Caetano não sofra com déficit no abastecimento de água? Há riscos de racionamento?

Doval - O abastecimento em São Caetano segue em pleno funcionamento. Até o presente momento, sem quaisquer riscos de racionamento.

Folha - Como tem avançado a questão do tratamento de esgoto? Em relação à rede de distribuição de água, quais iniciativas estão sendo realizadas para que esse índice possa ser aumentado no município?

Doval - Em 2010, São Caetano atingiu a marca de 100% de esgoto coletado e tratado, fato que levou a cidade a receber diversas condecorações nos rankings de saneamento ambiental. Todos os imóveis da cidade são abastecidos pelas redes de distribuição do SAESA. Portanto, 100% da população tem acesso à água potável.

   Vale ressaltar que São Caetano conquistou a primeira colocação no ranking da ABES (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental), por três não consecutivos (2018, 2019 e 2020) referente a universalização do saneamento básico, por ter atingido 100% da população em distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto e coleta e destinação de resíduos sólidos.