O brasileiro já pode ir almoçar em um restaurante e achar no cardápio um novo item: dinheiro. Com as novas modalidades do Pix disponíveis no mercado, o Pix Saque e Pix Troco, o cliente pode obter dinheiro em espécie em estabelecimentos comerciais, sem a necessidade de ir a um caixa eletrônico. Convenientes para os clientes e de fácil adesão por parte dos comerciantes, as novas modalidades foram lançadas no fim do ano passado e em quatro meses de operação já somaram R$ 41,1 milhões em 290 mil operações. Para os lojistas, os benefícios são grandes, pois podem atrair mais clientes que, na correria do dia-a-dia, não têm tempo de ir ao caixa eletrônico, e ainda lucrar com as taxas pagas pelos bancos.

Para o Banco Central (BC), as novas modalidades devem crescer ainda mais e acirrar a disputa dos bancos e fintechs pelas contas dos empresários. Hoje, quando um empreendedor abre uma conta jurídica, a chave Pix é veiculada a este banco. Porém, para oferecer as modalidades de Pix Saque e Pix Troco, o comerciante precisa de outro intermediário e, por enquanto, somente seis bancos estão habilitados no Brasil para este serviço. É um cenário interessante e rentável às instituições financeiras, que lucram alto com os repasses e, que poderão oferecer outros serviços aos clientes e não somente serviços de Pix.

Para as instituições financeiras, além do cliente jurídico, as novas modalidades do Pix são uma forma barata de agradar também as pessoas físicas, que cada vez estão indo menos a agências bancárias. O cenário vai de encontro ao movimento recorrente observado no País, com bancos acelerando a digitalização e cortando gastos com fechamento de grande número de agências físicas.