Preços baixos, maior variedade de produtos, ou itens que não estão à venda no Brasil, estes foram alguns dos principais motivos que levaram 90,83 milhões de brasileiros às compras em sites internacionais nos últimos 12 meses.

   Segundo pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, 77% dos consumidores compraram pelo menos uma vez em sites internacionais.

   De acordo com o levantamento, os principais produtos adquiridos foram peças de vestuário, calçados e acessórios, que representaram 59% das compras. Em seguida, acessórios para celular/tablet ou computador (37%), artigos para casa (36%) e cosméticos/ perfumes (23%)

   Para o presidente da CNDL, José César da Costa, os preços praticados por sites internacionais geram uma concorrência desleal com os produtos nacionais. “A falta de pagamento de tributos por parte das plataformas internacionais faz com que alguns produtos apresentem preços inferiores aos cobrados no país. A concorrência desleal com os produtos nacionais traz um impacto nocivo à competitividade e crescimento das empresas brasileiras e à economia do país”, afirma o presidente.

   A maioria consumidores, 55%, pre-fere compras em lojas de sites chineses. Os mais utilizados foram Shopee (80%), Amazon (59%), Shein (54%) e Aliexpress (36%). O levantamento mostra que 90% dos consumidores fazem pesquisa de preço em sites brasileiros antes de definir uma compra em sites internacionais e, que a faixa etária entre 18 a 34 anos é a que mais faz compras no exterior.

    Cerca de 80,2% do público consumidor em sites de fora, são dessa faixa de idade. Dos 35 aos 54 anos, cerca de 75,3% compram em internacionais e, de 55 anos ou mais, 77,1%.