07 May 2024


Marinho: “o PT está em uma situação diferente, é um cenário vantajoso”

Publicado em Política
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O presidente estadual do PT e pré-candidato a deputado federal, Luiz Marinho (PT), em entrevista exclusiva, revelou que está otimista com a volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao cenário da política nacional, e que isso representa justiça. “Vejo com otimismo, acima de tudo, essa volta da liberdade plena do Lula, porque ele estava fora da prisão, mas não tinha a liberdade garantida, plenamente, porque seus direitos políticos estavam interrompidos. Agora, abre uma janela de grandes oportunidades e esperança para o povo. Isso representa justiça, pelo PT, pela ex-presidente Dilma Rousseff e, especialmente, ao Lula”, diz.

Na avaliação de Marinho, caso Lula seja candidato à presidência da República, nas eleições de 2022, ele poderá retomar os direitos do povo brasileiro, que segundo o petista foram perdidos no governo do presidente Jair Bolsonaro. “Ele ainda não disse se é ou não é candidato, mas, para nós, militantes do PT, para as nossas direções, o Lula será o nosso candidato. Ele disse que não tem o direito de ter mágoa, chateação, revolta, tem a obrigação de compensar e de servir de novo o nosso povo, de representar esperança. Lula volta com a determinação para ajudar o País, ajudar o seu povo, e o que é mais importante, a recuperar direitos, porque junto com a crueldade contra o Lula, contra a Dilma e contra o PT, veio a crueldade contra o povo brasileiro, contra a classe trabalhadora, a perversidade de cortar, tirar direitos, massacrar segmentos importantes da sociedade”, enfatiza.

O petista ainda criticou Bolsonaro e relembrou o modo de governo do partido, que esteve à frente do Palácio do Planalto por 14 anos. “Temos que combater o ódio com propostas. O governo Bolsonaro não fez a pregação do ódio, ele não fez fake news somente em campanha, ele é o fake news em pessoa, está incorporado no DNA do governo, junto com a fake news, o ódio, a raiva, a intolerância. Temos a obrigação de mostrar o que sempre fizemos, nunca pregamos o ódio, a confrontação. Sempre apresentamos propostas, projetos, políticas públicas, inclusão, combate à pobreza e desigualdade. É preciso fazer debates de reformas estruturantes, de Reforma Tributária, de como gerir a economia brasileira, controlando a inflação, gerando empregos, crescimento da renda, com uma política de valorização do salário mínimo, que respeite às mulheres, os trabalhadores”, conta.

Questionado se o antipetismo poderia atrapalhar uma eventual disputa à presidência, entre Bolsonaro e Lula, Marinho acredita que não. “O antipetismo sempre existiu e sempre vai existir. É um comportamento da elite brasileira contra a inclusão, em favor da desigualdade. Desde a fundação do PT, em 1982 existe o antipetismo. Agora, o roubo da Petrobras, o mensalão, a formação de quadrilha, que sempre existiram, foram transferidos para o PT de forma ideológica. Houve uma pregação de ódio, um combate para evitar que o PT continuasse a exercer os direitos dos trabalhadores. É uma perversidade, criar algo fantasioso para enganar o povo”, explica. O petista enfatiza que o problema não é o PT ou o Lula e sim, o desemprego, a fome. “É preciso desmistificar isso, a corrupção sempre teve. Foi instituído o direito de mentir, precisamos recuperar a moral”, diz.

Em relação aos candidatos à presidência que se apresentam como opções de centro, Marinho afirma que vê com serenidade. “Com certeza, iremos buscar o diálogo, sejam os partidos de centro ou de esquerda, com o PDT, principalmente. Vamos buscar um processo de construção de um governo diferente do que está aí, de equilíbrio”, explica.

Governo de São Paulo

Marinho avalia de maneira negativa a gestão do governador João Doria (PSDB). “Doria só pensa no marketing da sua eventual candidatura à presidente. Não cuida pra valer do que deve cuidar. Temos a obrigação de pensar em políticas públicas que respondam essas fragilidades que estamos assistindo neste momento”, afirma.

O petista diz que Fernando Haddad (PT), provável candidato ao governo de São Paulo, representa esperança de mudança. “O Haddad nos abre uma nova janela de esperança para o Estado de São Paulo, ele também não disse se é candidato, mas estamos trabalhando a sua candidatura no Estado. São Paulo vem perdendo participação no PIB brasileiro pelo jeito de governar dos tucanos”, enfatiza.

Candidatos do ABC

Para as eleições de 2022, a estratégia petista será de trabalhar a reeleição dos atuais deputados da sigla no ABC e inserir “novos” nomes na disputa. Os deputados estaduais petistas Luiz Fernando e Teonilio Barba deverão buscar a reeleição, segundo Marinho, que irá disputar como deputado federal, junto à Vicentinho, que, também, seguirá em busca da reeleição.

Em relação aos novos nomes que poderão concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados ou na Alesp, Marinho avalia que está cedo para grandes definições. “Estamos fomentando. Pode ser que alguma candidatura, que neste momento esteja colocada, enxergue que não terá condição de ser consolidada no próximo ano. Pode ser que haja uma candidatura que, a princípio, não esteja sendo enxergada e que se organize e se posicione, tendo condição de ser viabilizada no ano que vem”, avalia.

O presidente estadual do PT revelou que as definições das chapas acontecerão em abril ou maio de 2022, mas adiantou alguns nomes: “Em Santo André, teremos Bete Siraque, disputando como deputada estadual; em Diadema, Josa Queiroz e Orlando Vitoriano, deverão disputar como deputado. Não está definido qual deles será o candidato estadual e federal; em Mauá, Rômulo Fernandes deverá disputar como deputado estadual”.

Marinho revelou que o mapa eleitoral do PT para 2022 é diferente. “O partido está em uma situação muito diferente. Hoje, o mapa é muito superior, é vantajoso para nós, muito mais do que era o mapa de 2017 e 2018. Essa é a bússola que nos dirige no processo organizativo”, classifica.

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