O empresário Ailton Lima deixou o PSB, na última semana. Em entrevista exclusiva, Ailton revelou que aguardará definições das movimentações partidárias rumo às eleições de 2022, para, então, escolher sua próxima legenda.

Sobre sua passagem pelo PSB, avalia de maneira positiva. “Participei de um projeto muito importante no ano passado no PSB, onde fui acolhido, com muita confiança pelo presidente estadual do PSB, Márcio França e seu filho, Caio França, que foi o de disputar a eleição a prefeito de Santo André. Cumprimos essa etapa”, diz.  Ailton explica que se desfiliou do PSB para “respirar um pouco” e cuidar do seu trabalho. “Assim como muitas pessoas tive meu negócio afetado com esse lockdown sem planejamento”, afirma.

Ailton, que participa do cenário eleitoral desde 2015, de maneira ininterrupta, sendo que, em 2016, disputou a Prefeitura de Santo André; em 2018, como deputado federal e no ano passado, a prefeito, novamente, ainda não definiu como irá atuar nas eleições de 2022. “Iremos aguardar a questão partidária. Os partidos têm se movimentado em relação às eleições de 2022 e isso tem dividido as pessoas, com ideologias diferentes. Essa divisão não me agrada. Não quero participar disso. O PSB sempre foi um partido moderado, mas ninguém pode garantir as alianças. Prefiro aguardar mais um pouco. Analisar o cenário, ver as movimentações políticas e quais direções os partidos estão tomando”, enfatiza.

Mas,o empresário não descarta sua participação como candidato, seja a deputado estadual ou federal.  “Não pode ser a minha vontade. É uma construção, uma convergência de acordo com os interesses do grupo político. O querer não pode ser mono, tem que ser coletivo”, diz.

Ailton revelou que não dialoga com o atual prefeito Paulo Serra (PSDB), desde 2019, quando anunciou sua intenção de se candidatar à Prefeitura. “Foi natural o distanciamento entre nós, concorri a prefeito, também, mas devemos respeitar o resultado das urnas, que foi muito expressivo”, diz. O empresário não descarta a possibilidade de entrar no mesmo partido que o prefeito. “Não vejo problema, o partido não é do prefeito, ele não é o dono do partido. Tenho sido procurado por diversos partidos, para compor dobradas para 2022. Agora, que terei mais tempo livre, poderei decidir entre três opções: disputar como deputado federal, estadual ou não disputar nada”, disse.

Mas, talvez, não atuando no mesmo grupo político que compõe o governo Serra. “Deixei a secretaria de Desenvolvimento Econômico porque não tinha liberdade, era uma figura decorativa. Santo André está sem uma política estrutural econômica para a cidade e mais pobre do que há cinco anos e não é só devido à pandemia”, critica. Para Ailton, a condução da pandemia pelo prefeito Serra não é “nenhum caso de sucesso”.