O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), completa 100 dias do quarto mandato à frente do Palácio da Cerâmica e revelou à Folha, que a prioridade do governo é na retomada pós-Covid.

   Auricchio dará mais atenção às áreas mais combalidas pela pandemia como a Saúde e a Educação. “Estamos concentrando os esforços deste novo período de governo na retomada pós-Covid, tanto nas áreas de Educação, que já está em pleno andamento, com o nosso Plano de Retomada de Educação, como na Saúde, que vamos anunciar nos próximos dias, as diretrizes desta retomada. Mas, com um olhar muito atento na questão econômica, que talvez é o que está mais afligindo os brasileiros, de uma forma geral, com a inflação e o desemprego”, disse.

   Auricchio destacou que irá anunciar, em breve, um conjunto de ações para São Caetano. “Precisamos ter esperança que o Brasil vá conseguir mudar esse roteiro. E temos que trabalhar na cidade, em alguns projetos estratégicos, que prefiro deixar para pormenorizar no momento em que formos lançar esse conjunto de ações estratégicas para a cidade”, contou.

   Em relação à dívida de mais de R$ 120 milhões da Prefeitura com a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), oriunda da gestão do ex-prefeito Paulo Pinheiro (2013-2016), foi enfático: “Estamos aguardando a tramitação. As duas procuradorias jurídicas estão em tramitação nas conversações dos trâmites desse processo”.

   Na área política, com a proximidade das eleições de outubro, revelou que dará “apoio irrestrito” ao seu filho e deputado estadual, Thiago Auricchio (PL), que concorrerá à reeleição. “Como pai e como prefeito, é uma felicidade, um orgulho de poder continuar ajudando São Caetano com essa parceria”, disse Thiago.

   O deputado, questionado pela Folha sobre a escolha de suas dobradas, afirmou que ainda está cedo para definições. “As dobradas, ainda é muito cedo para falar, mas temos uma dobrada muito grande, na região, com o deputado federal Alex Manente (Cidadania) por todo o Estado, e demais dobradas, que ainda é muito cedo para ter esse fechamento, pois o processo eleitoral começa só em agosto”, disse.

   Já no cenário nacional, Auricchio não demonstrou acreditar que os presidenciáveis que se apresentam como candidatos aptos da ‘terceira via’, possam emplacar uma candidatura única viável para romper a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Sinceramente, não nutro expectativas da possibilidade de romper esse ciclo de polarização. Acho que está muito tardio não tem como construir um movimento mais intenso neste sentido, por parte do eleitorado brasileiro.

   O eleitorado tem deixado claro que, já por um longo período, os números dos dois candidatos principais continuam estáveis”, avaliou. Sobre o pré-candidato do seu partido, João Doria (PSDB), Auricchio não proferiu comentários.