02 May 2024


Dia do Trabalho é celebrado neste domingo (1) de maio

Publicado em Política
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  O Dia do Trabalho é celebrado, neste domingo (1) de maio. Após dois anos de pandemia, período no qual muitos trabalhadores sofreram com as medidas sanitárias restritivas, a retomada econômica não tem se efetivado como deveria, pois há diversas dificuldades no cenário econômico nacional,  como o desemprego que afeta mais de 12 milhões de brasileiros, o IPCA-15.  Manifestações marcaram o Dia do Trabalhador, celebrado hoje. Os atos dividem-se entre contrários e favoráveis ao governo.

Mas, será que apesar disso há o que celebrar nesta data? Confira o que pensam os presidentes dos Sindicatos dos Metalúrgicos do ABC, respectivamente, Cícero Martinha (de Santo André e Mauá) e Moisés Selerges Júnior (do ABC).

 

Folha do ABC- Em meio a tantas dificuldades e ameaças para os trabalhadores, como a inflação e o desemprego, há motivos para celebrar, neste 1° de maio?

Cícero Martinha - A força e a luta do trabalhador, assim como a força da democracia, que são lembradas no 1º de Maio, fazem da data um momento de comemoração. Agora, em relação aos motivos da situação do país, com inflação nas alturas, alto número de desempregados, milhões de pessoas no mapa da fome, indústrias deixando de investir e saindo do Brasil, a perda do trabalho de qualidade, bem como a perda de renda salarial, entre tantos outros problemas, mostram a necessidade da união da classe trabalhadora para enfrentar essas dificuldades. Lembrando sempre que estamos em ano de eleição e precisamos dar a resposta nas urnas. Elegendo um Congresso favorável aos trabalhadores e Lula presidente.

Moisés Selerges Júnior - Nós, a classe trabalhadora, não temos motivos para comemorar neste 1º de maio. Os índices de desemprego e inflação estão altíssimos, a economia não cresce, não há política de desenvolvimento para o País, não há política industrial, então não há motivo de comemoração. Agora, também não adianta ficarmos só lamentando. Os trabalhadores têm que reagir para que voltemos a vislumbrar conquistas.

Folha - Como o sindicato tem avançado na busca por conquistas para os trabalhadores?

Martinha - Resistindo aos ataques e atuando dentro de toda a força e organização combativa da nossa entidade. Encaminhamos as pautas de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) para as empresas e negociamos, apresentando as propostas para os trabalhadores em assembleias. Corremos atrás dos direi-tos garantidos na nossa Convenção Coletiva e Acordos Coletivos de Trabalho, com importantes cláusulas sociais que dão suporte no dia a dia dos trabalhadores.  Por exemplo, nós temos uma Convenção Coletiva com o Sindipeças que dá direito a licença maternidade por seis meses. Isso é conquista. Atendemos a categoria com o auxílio dos nossos departamentos jurídico e médico. E fazendo toda a organização da categoria em torno de seus interesses consegue garantir melhorias concretas para todos.

 Moisés - Na situação que estamos vivendo de fome, peste, guerra, desemprego, inflação, carestia e tudo pelo qual estamos passando, o trabalhador estar empregado hoje já é uma grande vitória. O cenário é péssimo. A primeira conquista é manter o emprego. O Sindicato tem lutado para aqueles que estão empregados se mantenham. Agora, o Sindicato tem elaborado e proposto políticas, principalmente de política industrial, que nos permitiria a geração de mais empregos, se houvesse uma política voltada para a indústria. A indústria tem que voltar a fazer parte do PIB deste pais. Hoje, a (indústria) de transformação representa apenas 10%.

   Outra conquista que nós teremos é mudar o cenário do país. Esse é um ano muito especial porque temos a oportunidade de virar a página da história triste na qual o Brasil está vivendo. E ir para um cenário mais feliz para os trabalhadores, onde haja emprego e renda. É isso que a gente tem feito! A mobilização é importante. Se a gente ficar sem reagir vai ficar mais difícil.

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