30 Apr 2024


Alesp celebra 90 anos da Revolução Constitucionalista de 1932

Publicado em Política
Avalie este item
(0 votos)

Este sábado (9), marca os 90 anos da Revolução Constitucionalista de 1932, conhecida também como Guerra Paulista, um motim civil e militar que se opôs ao governo do presidente Getúlio Vargas, que ocupava a presidência do país devido a um golpe de Estado.

 São Paulo foi o Estado que liderou o movimento armado, que teve como estopim a morte dos mártires da revolução Miragaia, Martins, Dráuzio e Camargo, por tropas getulistas. Os Estados do Rio Grande do Sul e de Mato Grosso do Sul aderiram ao confronto posteriormente.

 Durante três meses, cerca de 135 mil pessoas entraram em combate contra tropas federais com reivindicações como a criação de uma Constituição para o país e a descentralização do governo. A guerra teve fim no dia 2 de outubro de 1932, com a derrota das tropas paulistas em campo, mas com o avanço nas exigências dos constitucionalistas, com a convocação de eleição para formação da Assembleia Constituinte em 1933.

 O envolvimento da Alesp, nesse que é considerado o maior confronto armado no Brasil, no último século, começa em 1930, quando o governo provisório de Vargas fecha a Casa Legislativa paulista. Em 1935, com a promulgação da nova Constituição e eleições estaduais convocadas, voluntários da Guerra de 32 são eleitos deputados em São Paulo.

 A atual sede do Legislativo paulista, o Palácio 9 de Julho, foi nomeado em referência à data que marca o início da revolução, e construído próximo ao Obelisco aos Heróis de 32, localizado no Ibirapuera.

 Histórias da guerra

 No ano de 1962, a Assembleia Legislativa instituiu a Medalha da Constituição, honraria concedida a voluntários que participaram do confronto em 32. Para receber a medalha, os interessados encaminhavam documentos comprobatórios da participação na guerra, que eram analisados pela Comissão da Medalha.

 Milhares de documentos foram enviados à Alesp para comprovar a participação na Revolução Constitucionalista. Todo esse material está arquivado hoje no Acervo Histórico da Assembleia Legislativa.

 Soldado morto

 Uma das tristes histórias contadas pelos nossos arquivos é a de Fernando Pinheiro Franco, homenageado postumamente com a Medalha da Constituição. Em 28 de julho de 1932, Fernando escreveu, às pressas, carta informando à mãe que tinha se alistado como voluntário.

 “Querida mãe, o meu dever de paulista me chama às armas. Parto com o coração transbordante, pois vou cumprir com o dever sagrado de proteger o nosso Estado. Vou para um lugar que não há muito perigo, graças a Deus. Vou e voltarei muito breve. Peço que me desculpe de não ir vê-la, pois não há tempo”.

 Apesar do otimismo do rapaz, Fernando morreu em combate menos de um mês depois. Em julho de 1962, os restos mortais foram sepultados no Obelisco, no Parque do Ibirapuera.

Folha Do ABC

A FOLHA DO ABC traz o melhor conteúdo noticioso, sempre colocando o ABC em 1º lugar. É o jornal de maior credibilidade da região
Nossa publicação traz uma cobertura completa de tudo o que acontece na região do ABCDM.

Main Menu

Main Menu