01 May 2024


No ABC, apenas 37% da população foi recenseada

Publicado em Política
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   Há exatos 87 dias após o início, o Censo Demográfico 2022 ainda patina em todo o país. Até a última terça (25), 128.079.726 pessoas haviam sido recenseadas no país, o que corresponde a 44% da população brasileira. No Estado de São Paulo, a porcentagem cai para 39,7% e se, analisadas as sete cidades do ABC, somente 37% da população respondeu ao Censo, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A cidade mais à frente é São Caetano, onde 48% da população já foi recenseada. Em seguida, Mauá (46,5%), Santo André (42,3%), São Bernardo (41,7%), Diadema (31,9%), Ribeirão Pires (30,5%) e Rio Grande da Serra (22,5%). A pandemia e a falta de recursos fizeram que o Censo Demográfico deste ano ocorresse exatos 150 anos após o primeiro levantamento feito no Brasil, em 1872.

   Embora o orçamento para o recenseamento este ano é o mesmo previsto desde 2019, antes da pandemia, R$ 2,3 bilhões, o valor não foi atualizado para descontar a inflação registrada nesses dois anos de atraso. Se o valor fosse atualizado pelo IPCA, chegaria a R$ 2,79 bilhões, quase meio bilhão a mais. Especialistas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE analisam que a falta de recursos mostra “desapreço” pelas estatísticas. Falta verba para propaganda e remuneração adequada dos recenseadores. E não para por aí. A baixa remuneração e atraso no pagamento, tem feito muitos trabalhadores desistirem do cargo, que é temporário. Somada às dificuldades financeiras, por trás do atraso no Censo 2022, tem ainda a desconfiança da população para participar da pesquisa. A polarização política pode reforçar o cenário, mas, segundo especialistas, ter cautela na hora de divulgar dados pessoas é comum em pesquisas, fato que já aconteceu ao longo dos censos rea-lizados no país.

Objetivos do Censo - Mais do que contar a população do país, faixa etária, distribuição por território, o Censo revela informações como raça, nível de escolaridade e condições de saneamento. É o retrato do país em determinado momento, serve como base para definição de políticas e investimentos públicos e privados. Além de avaliar a necessidade da construção de novos hospitais, escolas e creches, definir rotas de transporte público e amostras da população para realização de pesquisas eleitorais. Segundo avaliação da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence), durante a pandemia, muitas cidades enfrentaram dificuldades para definir o número de vacinas necessárias, uma vez que a informação sobre a divisão da população por faixas etárias estava desatualizada, ainda do último Censo realizado no país, em 2010.

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