01 May 2024


Lei irá garantir salários iguais entre homens e mulheres

Publicado em Política
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   Maioria no Brasil, as mulheres correspondem a 51,1% da população do País. São quase cinco milhões a mais de mulheres em relação ao número de homens, segundo últimos dados disponíveis da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) de 2021, divulgada pelo IBGE. Mas, apesar de serem maioria no país, as mulheres ainda são minoria no mercado de trabalho e ainda são afetadas pela diferença salarial.

   Em 2019, antes da pandemia, a taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho era de 54,6%, o que correspondia a 47,5 milhões de mulheres. Em 2021, o número de mulheres na força de trabalho caiu para 46,4 milhões (52,25%). No 3º trimestre de 2021, eram 22,9 milhões de mulheres assalariadas e 33,4 milhões de homens assalariados. Em relação ao total de ocupados no mesmo período, eram 39 milhões de mulheres e 53,9 milhões de homens.

   A desigualdade de gênero fica ainda mais evidente quando se analisa o rendimento mensal. Em relação à população ocupada com ensino superior, no período analisado, mulheres tem rendimento mensal de R$ 3.866, enquanto dos homens é R$ 6.113. Em cargos de diretoras e gerência, mulheres recebem em média R$ 27,88 por hora, enquanto homens nos mesmos cargos, recebem R$ 30,83. Analisando dados estaduais, em São Paulo, o rendimento médio por hora chega a R$ 16,06 para mulheres e R$ 19,04 para homens. Os valores são menores em estados do Nordeste, como o Ceará, onde mulheres ganham em média R$ 10,15 por hora trabalhada e homens, R$ 10,98. Os dados são do DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.

   De acordo com a última edição, divulgada em 2022, de um dos maiores estudos sobre a situação das mulheres na América corporativa, denominado Women in the Workplace, cargos de diretoria e gerência são ocupados 47% por homens brancos, 26% por mulheres brancas, 16% por homens negros e apenas 10% por mulheres negras.

   Um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-IBRE), em 2022, trouxe um ranking das profissões que têm salários mais altos e a porcentagem de homens e mulheres inseridos em cada uma delas. As mulheres se destacam apenas como médicas. Na qual representam 51,1% e o salário médio é de R$ 16.341. Em segundo lugar no ranking, nos cargos de diretores e gerentes gerais, apenas 23% são mulheres, com média salarial de R$ 15.968. Em seguida, na ocupação das Forças Armadas, terceiro lugar no ranking, apenas 18,3% são do sexo feminino, com média salarial de R$ 12.657.

Nova lei - O presidente Lula (PT), na terça (28) de fevereiro, afirmou, que o governo irá apresentar, no Dia da Mulher (8), um projeto de lei para garantir a igualdade o salário entre homens e mulheres que exerçam a mesma função. O presidente não deu detalhes, mas a intenção é aumentar a autonomia financeira das mulheres também como forma de promover a saída de espaços de violência doméstica.

Foto: Agência Brasil

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