05 May 2024


Butantan espera liberação da Anvisa para iniciar estudos com soro anti-Covid

Publicado em Saúde
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Em reunião com os parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse esperar receber liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para iniciar estudos clínicos com soro contra Covid-19 ainda nesta semana. O encontro aconteceu, na quarta (19), em ambiente virtual e foi conduzido pelo presidente do Legislativo, deputado Carlão Pignatari.

Apesar de a Anvisa ter autorizado os testes clínicos em humanos no final de março, a agência reguladora condicionou o início dos ensaios à entrega de documentos complementares, o que, segundo Dimas Covas, consiste em um processo complexo que depende da geração de novos dados.

"Não é apenas solicitar a informação, é solicitar a geração de informação. Por isso que cria essa dificuldade. Ou seja, exige teste, exige comprovação da presença ou ausência de certas substâncias no soro, enfim, cria uma série de questionamentos que exigem da nossa parte exames laboratoriais e desenvolvimento de métodos que às vezes nem existem", disse.

De acordo com Covas, os dados estão sendo gerados. Ele disse que uma reunião com os técnicos da Anvisa está agendada para esta quinta (20) de maio, e que espera a finalização do processo.

Para o diretor do instituto, as exigências podem ter sido motivadas pelo fato de ser a primeira vez que a Anvisa se pronuncia sobre os soros. "Esse processo (de liberação) já era pra ter acontecido na minha percepção, porque eu encararia esse como mais um uso de um tipo de soro já fabricado pelo Butantan, com as características de segurança e potência. Já temos um longo histórico de mais de 100 anos nesse tipo de produto, mas, enfim, houve a exigência e nós estamos atendendo", afirmou.

Os primeiros a participarem dos testes clínicos, assim que liberados, serão pacientes transplantados do Hospital do Rim (Hrim). No entanto, o objetivo é expandir os ensaios para outros grupos rapidamente.

O tratamento pode ser importante principalmente no cuidado de pacientes com comorbidades, já que a tendência é que os anticorpos presentes no soro sejam capazes de neutralizar o vírus rapidamente, evitando a progressão para as formas mais graves da doença.

"Em laboratório e em estudos animais, o desempenho desse soro é fantástico, porque tem uma potência muito elevada", disse Dimas Covas. Ainda segundo ele, a Argentina já tem mais de 1.500 pacientes tratados com método semelhante que registrou bons resultados.

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