O prefeito de Santo André, Paulo Serra, junto a secretária de Saúde, Ana Paula Peña, em coletiva de imprensa, na terça (26), realizou balanço das ações do programa “Saúde Fila Zero”. Até o momento, já foram realizados 70 mil atendimentos, entre consultas e exames, de uma demanda total de 128 mil.

“Ainda temos uma fila de 58 mil pessoas que esperam atendimentos, mas, deverá ser zerada, até o final do ano”, garantiu o prefeito.

O “Fila Zero” conta com algumas frentes de trabalho, entre elas, a lei de compensação fiscal, para abater dívidas de hospitais e clínicas de saúde, pactuação de vagas com o Governo do Estado, com aumento de 10% nas cotas disponibilizadas para o município no Hospital Mario Covas, Hospital Serraria e AMEs (Ambulatório Médico de Especialidades) Santo André e Mauá; realização de mutirões (sete já foram realizados e ainda haverá mais dois até o final do ano), reordenação das especialidades, complexo regulador municipal, entre outros.

O tempo médio de espera para passar uma consulta de especialidades foi reduzido. Na cardiologia, o tempo de espera era de 10 meses e já foi reduzido em 90%, para uma cirurgia vascular, a espera era de 24 meses, agora, o tempo foi reduzido em 90%, na dermatologia, de 30 meses, foi para 60% menos, na neurologia, de 36 meses para 50% menos e oftalmoologia, de 8 meses para 80% menos do tempo. As especialidades que não tem mais fila de espera são urologia, otorrino, nutricionista e endocrinologia.

Já em relação aos exames, na endoscopia, havia espera de 8 meses, o tempo caiu em 60%; para ultrassom de mamas, de 18 meses, caiu em 60%; ultrassom transvaginal, de 18 meses caiu para 50%; ecocardiograma, de 14 meses para 80% menos. Não há mais fila de espera para os seguintes exames: mamografia, densitometria ossea, e ultrassom de próstata.

“O Fila Zero era pra ser uma ação corriqueira, mas, ficou parecendo uma grande novidade. Muitos ainda estão na fila, só pedimos um pouco mais de paciencia, que serão chamados ainda”, disse o prefeito.

Segundo a secretária, Santo André é a única cidade do ABC que não possui sistema eletrônico interligando todos os equipamentos de saúde. “Cerca de 28% do total saiu da fila, pois foi constatada duplicidade no cadastro do usuário, mudança de telefone e endereço ou por desistência do paciente após muito tempo de espera. Por isso a informatização que estamos buscando para toda a rede é primordial porque o processo hoje em dia é todo feito no papel. Isso é inaceitável pensando no tamanho que Santo André possui”, disse.