10 May 2024
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A quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque em 1929 desdobrou-se em uma depressão econômica mundial que trou-xe verdadeiro desastre para o Brasil, especialmente São Paulo, nocauteando a cafeicultura paulista. E a quebra teve também reflexos políticos, na época: provocou a revolução de 30, que trouxe Getúlio Vargas para o palco dos acontecimentos, afastando do governo da república o presidente Washington Luiz, exilado compulsoriamente, levando de roldão seu sucessor Júlio Prestes.  
Agora, por aqui, nova crise, novos ingredientes, personagens novos em cena, tudo apontando efeitos diretos para nossa economia. Nos tempos da crise de 1929 os humoristas de plantão fartaram-se em gozações, como um certo Juó Bananere (João Bananeira), pseudônimo de um engenheiro paulista chamado Alexandre Ribeiro Marcondes Machado que escrevia crônicas no jornal O Estado de S. Paulo satirizando pessoas e fatos da época. Escrevia em italiano macarrônico, dizendo coisas que tinham graça para aqueles tempos, merecendo até hoje estudos e análises de um tipo de literatura que fez sucesso, merecendo entre outros um estudo interessante da professora Sylvia Helena Telarolli de Almeida Leite com enfoque sobre a caricatura na literatura paulista - 1900/1920 (Editora da UNESP, SP/1996).
Esse Juó Bananere era um gozador e sobre a crise do café, resultante da quebra de 1929 escreveu: “... Já quebrou uns fazendero/assim que o governo qué/tamo todos sem carreira/com a baixa do café/acabô o movimento/até lá pra noroeste/povo todo tão gritando: a curpa é do Julio Preste!/Quase todo fazendero/andava de Chevrolet/já tão andando a cavalo/com a baixa do café/aqueles grande banqueiro/cheio da libra esterlina/encosto carro de lado/por farta da gasolina!”.   
A crise de agora está quebrando empresas  como tem sido noticiado na imprensa. Políticos presos, empresários também, numa devassa que já tardava sob responsabilidade de Polícia Federal e da Justiça. Por aqui, ao contrário do que dizia o Juó Bananere, não se está andando a cavalo, por enquanto, em razão de certa facilidade da oferta de venda de carros novos e semi-novos. Aliás, também nesse item, a crise se abateu, com a queda também no comércio de veículos.  Apertar os cintos, diminuindo gastos, acabar com tantos desperdícios, pois afinal, estamos numa encruzilhada histórica com excelente oportunidade para passar a limpo o Brasil: politicamente, economicamente, decentemente, patrioticamente.
Temos agora nova crise com o presidente Bolsonaro doente. Isso pode ajudar, mas ele tenta dissimular preocupação com a pandemia que chegou até ele. É um dos líderes no mundo, hoje com o vírus que tomou conta dos países, mas ele continua afirmando que está bem, apesar do resultado positivo do Covid -19.  Mesmo assim, ele segue “sendo o exemplo vivo da negação” pois, infectado com a doença da moda no mundo todo, continua a fingir que o mal não lhe trará dificuldades para continuar (des) governando este infeliz Brasil. Até quando ?

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O abajur
Seu Armando, o barbeiro da turma, disse que em uma viagem do grupo para o interior de S.Paulo, o Avelino Coelho aprontou uma. Ele tinha o costume de lavar as cuecas no hotel. E sabem onde as punha para secar? ...sobre o abajur aceso. Saíram para um passeio, e ao retornar, já viu... quase pôs fogo no hotel...queimou o criado mudo e era uma vez uma cueca.
 
O campeão
Alberto foi campeão de salto de vara, saltos em piscina e natação. Frequentava o Clube Aramaçan, em Santo André. Antenor Coradi, dono do primeiro grande estúdio de fotos de São Bernardo, e companheiro de umas escapadas, disse que o Berto era sempre o mais entusiasmado. Como não tinham varas, ele pegava bambus, lixava, queimava e com elas era o campeão de saltos da região. Dizia:
- Quem quer faz... não manda!
 
Em Igarapava
O Alberto e alguns amigos se reuniram e compraram um sitio em Igarapava. Formaram um clube particular, do tipo “Clube do “Bolinha”... ”onde mulher não entra. Lá, pescavam e caçavam. Em uma das vezes que o Dr. Caio foi junto, dentista de cidade pouco ligado à natureza, na hora do entardecer, começaram a ouvir:
- Muuuu… Muuuu...Muuuu.
O Alberto falou ao Caio que aquele era o horário de o peixe boi cantar.  O Caio, não devia conhecer ainda muito bem o Alberto, pois ouvindo a história com muita seriedade, de que o peixe vinha à tona da água naquela hora e fazia esse som, foi lá averiguar. Disseram a ele para ter cuidado com os mosquitos que atacavam naquela hora. Ele respondeu que era imune a picada dos insetos.
Passado algum tempo, ele retornou dizendo que havia encontrado a vaca no caminho, e vinha com o rosto e os braços cheios de bolotas das mordidas dos bichinhos. Mas que ingenuidade... rsssss. (Continua)

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Os cinéfilos do mundo todo perderam no último dia seis de julho, segunda-feira, o renomado e inesquecível compositor, arranjador e maestro Ennio Morricone, que faleceu aos noventa e um anos, o grande e festejado criador dos temas musicais do cinema e da televisão, de todos os tempos. Para aqueles que não têm afinidade com as atividades cinematográficas e televisivas das últimas décadas, talvez não vislumbram o robusto e inconfundível trabalho desenvolvido pelo incansável musicista durante perto de sete décadas, quando produziu perto de quinhentas trilhas sonoras das mais famosas. Nasceu em Roma, aos dez de novembro de 1928, filho de Libera Ridolfi e Mario Morricone, que foi músico. Sua família veio de Arpino, perto da Província de Frosinone, no Lacio. Mudaram-se para Roma e moraram no bairro Trastevere, no centro de Roma, com os parentes. Seu pai Mario, tocava trompete e trabalhava profissionalmente em diferentes orquestras de música leve, enquanto sua mãe, Libera, montou uma pequena empresa têxtil. Interessado por música, visto o ambiente caseiro, teve o pai como primeiro professor que o ensinou a ler música e também a tocar vários instrumentos. Compelido a tocar trompete, ingressou formalmente na Accademia Nazionale di Santa Cecilia, em 1940, aos doze anos de idade, para ter aulas sob a orientação do famoso Professor Umberto Semproni, participando de um programa de harmonia com duração de quatro anos. Por ter uma apurada sensibilidade musical e mercê de muito esforço conseguiu completar o currículo, em apenas seis meses, já demonstrando a projeção de um futuro brilhante. Estudou trompete, composição e música coral, sob a direção de Goffredo Petrassi, que muito o influenciou, inclusive acompanhou as obras do consagrado professor, e dedicando ao mestre suas peças de concerto. Em 1941, foi escolhido entre os estudantes  da Academia Nacional de Santa Cecília para fazer parte da Orquestra de Ópera, dirigida por Carlo Zecchi, por ocasião de uma excursão pela região do Veneto. Em 1946, recebeu seu diploma em trompete, continuando a trabalhar depois que se formou nas composições e arranjos clássicos. Vale dizer que, se existe uma afirmação que não falta na Itália são os grandes músicos e professores que envolveram e ilustraram os seus alunos, como é o caso desses últimos três citados mestres, e serviram de base curricular para Ennio Morricone que muito se esforçou nos primeiros tempos, aproveitando-se das orientações desses consagrados musicistas. Então, como se nota a base musical foi muito bem estruturada e aproveitada, sempre aliada à sua afinidade e vocação nata. Em 1952, embora Ennio Morricone tenha recebido o Diploma  de Instrumentação para Arranjo de Bandas e Fanfarras, com uma nota 9/10, seus estudos foram concluídos em 1954, no Conservatório de Santa Cecília, com a obtenção  de nota 9-5/10, em seu Diploma de Composição, sob a guia do Maestro Goffredo Petrassi.  Tornou-se  arranjador de estúdio para a RAI e RCA Victor e, em 1955, passou a escrever temas para cinema e teatro. Em treze de outubro de 1956, casou-se com Maria Travia, que conheceu em 1950. Ela escreveu letras para complementar as peças de seu marido e seus trabalhos incluem os textos em latim para The Mission. O casal teve três filhos e uma filha, Marco, Alessandra, Andrea, maestro e compositor, e Giovanni, cineasta. Pelo que consta a carreira de compositor para temas de  cinema foi iniciada em 1961, no filme Il Federale, de Luciano Salce, e a fama mundial se iniciou com a música nos filmes western, Per um pugno di dollari, de 1964, Per qualdollaro in più, de 1965,  Il buono, il brutto e il cativo, de 1966, C’era uma volta il The West, de 1968, e Giù la testa, de 1971, da produção das obras de Sergio Leone. Assim, firmou-se na atividade de produção de  temas musicais para filmes. (Continua)

O governador do Estado, João Doria, no Palácio dos Bandeirantes, acaba de anunciar, nesta sexta (10) de julho, durante coletiva de imprensa, junto ao prefeito de São Paulo, Bruno Covas; aos secretários estaduais, de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen; de Desenvolvimento Regional, Marcos Vinholi; de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido; de Turismo, Vinicius Lummertz, ao coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, Paulo Menezes e do secretário executivo da Secretaria de Estado da Saúde, Eduardo Ribeiro Adriano, a 6ª atualização da quarentena, com a reclassificação de fases das regiões de acordo com o Plano São Paulo.

Segundo Doria, no dia 15 de julho se iniciará um novo período da quarentena, que irá até o dia 30 de julho.  “Iniciaremos uma nova fase no combate ao coronavírus, ingressando na fase de platô (que acontece quando o número de casos ativos da Covid-19 permanece o mesmo ao longo do tempo em determinado local), não só no Estado, mas na Capital. Isso não significa o relaxamento. Preservar vidas é, foi e continuará sendo prioridade do Governo de São Paulo. O que nos permite avançar é a queda do número de óbitos por duas semanas consecutivas, menor letalidade 4,9% nos casos confirmados, o número de casos regredindo na Capital e resultados mais positivos no litoral e no interior”, disse.

Também foi anunciada a reabertura de todos os parques estaduais, com horários reduzidos, das 10h às 16h e, funcionamento, apenas em dias da semana.

MUDANÇA DE FASE- Segundo Patricia continuam na fase 1 (vermelha), Campinas, Ribeirão Preto, Franca e Araçatuba, onde só os serviços essenciais podem funcionar. Passaram para a fase 3 (amarela), Baixada Santista e Registro. A Grande São Paulo e a Capital continuam na fase 3 (amarela). Os demais municípios do interior do Estado avançaram para a fase 2 (laranja).

Os índices de isolamento social ficaram em 45% no Estado e 46% em São Paulo. Vinholi anunciou que 50% da população do Estado poderá usufruir da fase (3) amarela de Plano SP e 83% das fases 3 (amarela) e 2 (laranja).

CAPITAL- Covas informou que está a reabertura de 70 parques está liberada, das 10h às 16h, em dias da semana e, no Parque Ibirapuera, das 6h às 16h, também apenas de segunda à sexta-feira. Em relação às academias, a reabertura será permitida na segunda (13), com 6 horas de funcionamento, 30% da capacidade, horário agendado pela internet e atividades individuais.

 

BOLETIM- Confira a atualização da pandemia no Estado:

- 359.110 casos confirmados;

- 17.442 óbitos;

- 5.291 internações em UTI;

- 8.259 internações em enfermaria;

- taxa de ocupação dos leitos de UTIs no Estado de 65%;

-  taxa de ocupação dos leitos de UTIs na Grande São Paulo de 63,8%.

Última modificação em Sexta, 10 Julho 2020 13:36

O uso dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para estimular a economia, como a ampliação dos saques e as medidas para conter a crise causada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), terão impacto de R$ 43 bilhões no Fundo dos trabalhadores em 2020. Foi o que destacou matéria publicada, na quinta (9), no jornal O Globo.

O Conselho Curador do FGTS já trabalha com a necessidade de reduzir o orçamento para as áreas de habitação e saneamento básico em 2021. O orçamento global deste ano está projetado em R$ 77 bilhões. Com essa perspectiva de redução, podem faltar recursos para o Minha Casa Minha Vida (MCMV).

Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), José Carlos Martins, reduzir o orçamento de habitação e saneamento em 2021 obrigaria o setor da construção a pisar no freio no momento de retomada da economia.

“O Brasil precisa decidir se quer gerar emprego. O recurso investido na construção civil irriga 97 ‘torneirinhas’ que são os setores envolvidos na cadeia”, afirma Martins.

A consultora técnica da CBIC e representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI) no CCFGTS, Maria Henriqueta Arantes, reforça que uma redução no orçamento do Fundo de Garantia tem efeitos proporcionais nos investimentos em habitação para a baixa renda, saneamento e obras de mobilidade urbana no País.

Última modificação em Sexta, 10 Julho 2020 10:47

A Acisa- Associação Comercial e Industrial de Santo André tem intensificado as ações em prol da classe empresarial, por conta da pandemia. O atual momento afetou o desempenho econômico de muitas empresas, sem privilegiar segmentos, obrigando-as a aumentar a capacitação de seus colaboradores com informações e cursos, encontrar novas formas de gestão e também de atuação no mercado.

Com a perda de faturamento, os empreendedores, principalmente os menores, recorreram às instituições financeiras em busca de crédito e, infelizmente, muitos não obtiveram sucesso, apesar que no Brasil, os micro e pequenos empreendimentos equivalem a 99% do empresariado e respondem por mais de 52% dos trabalhadores com carteira assinada do setor privado.

Segundo levantamento elaborado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), no período de 7 de abril a 2 de junho, cerca de 6,7 milhões de empresários tentaram obter crédito para manter pequenos negócios, mas apenas 15% conseguiram os recursos.

A principal razão (19%) para que não tenham tido êxito junto aos bancos foi o CPF e CNPJ negativados, o que indicam que uma pessoa ou a empresa estão inadimplentes. Ter "nome sujo" no Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) ou no SPC foi a justificativa apresentada por 11% das instituições financeiras ao negar crédito, mesma proporção relativa à falta de garantias ou avalistas.

“Muitos empresários chegaram a ficar mais de 100 dias paralisados e já foram penalizados. Agora, é o momento das instituições financeiras analisarem com bom senso cada caso, pois a economia precisa sair da estagnação e para isso, os empreendedores necessitam de apoio para continuarem honrando seus compromissos financeiros e mantendo empregos”, destaca Pedro Cia Junior, presidente da Acisa.


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