Dia 24 de agosto é comemorado o dia de São Bartolomeu. Aqui em São Bernardo a colônia italiana se reúne para cultuar o Santo Padroeiro no último domingo do mês de agosto. Este ano será no dia 25. Essa tradição começou em 1958 quando, na pequena capela do Riacho Grande foi rezada a primeira missa.
Nos anos 50, quando foi formado o Parque Municipal da cidade, os moradores lá se reuniam nos quiosques para fazerem piqueniques e brincadeiras como corridas nos sacos, ovos nas colheres, etc. Os italianos, depois de muito vinho feito em casa, relembravam as canções da terra natal. Um desses encontros era na segunda feira após a Páscoa quando era comemorada a Pascoela, ou Pasqueta, que antigamente era feriado aqui na cidade devido o grande número de imigrantes italianos.
O parque era o ponto de encontro dos amigos. Um grupo deles liderados pelo Padre Fiorente Helena, Primo, Saulle e Ernesto Bechelli, Sétimo Guazelli e Eduardo Sanntucci, resolveram construir uma igrejinha no alto do morro, mas fora da área do Parque. Pediram a permissão ao prefeito do município e puseram “mãos na obra”. Sétimo demoliu uma casinha na Vila Duzzi e levou para lá tijolos e outros materiais que poderiam ser aproveitados. Os outros amigos também foram fazendo doações. O caminhão não tinha como chegar até lá no alto do morro, assim tudo foi carregado pelas mãos.
O Padre Fiorente foi à Itália e trouxe uma urna de castanheira com a terra tirada dos túmulos de alguns dos antepassados dos italianos que emigraram acrescentando mais terra dos que aqui estavam enterrados. Essa urna fica até hoje guardada na capela que foi tombada pelo município. Este ano a capelinha comemora 62 anos.
A festança começa às 10 horas quando é rezada a missa falada em italiano. Descendentes levam o carvão e a lenha, simbolizando o objeto do trabalho do passado deles. A cesta com a uva e o pão, o sangue e o corpo de Cristo. A vela, a luz e a fé da família. A urna... seus antepassados.
Na missa inaugural, o hoje seresteiro e cantor Nello Rosa foi um dos coroinhas presente. Hoje ele faz parte do coral Bichieri D’Oro que abrilhanta o evento.
Hoje não existem mais os quiosques que foram derrubados pela administração anterior da cidade e sempre sendo prometido que outros mais modernos seriam construídos. Ficou na promessa. Mas desde o ano passado a atual administração construiu um grande  espaço coberto para os italianos, seus descendentes e amigos se reunirem. Outras famílias montam suas tendas. Ao meio dia começa a comilança dos quitutes levados pelos amigos e o vinho que é feito pelos descendentes mais jovens que são vinicultores na cidade, e servem o delicioso líquido à vontade aos participantes. Tem sempre também um Cambuci na pinga. Como toda festa italiana, o dia segue com as canções italianas sendo entoadas e o ritmo da dança coloca todos numa alegria esfuziante.
Essa reunião dos primeiros moradores da cidade, é a reunião não só dos italianos, mas de todos batateiros que fizeram desta cidade seus lares.
Leve seu vinho, água, refrigerante, seus comes e se tiver, seu violão ou acordeão e faça parte desse evento único da cidade.
Uma poesia de Ernesto Bechelli quando da comemoração dos 50 anos da capelinha.
     
Festa de São Bartolomeu
Sentir o tempo/ caminhando entre/ vozes e cantos/ abraços e choros/ missas e lembranças/ reunindo ao/ redor daquela/ pequena capela/a viva memória/da Chiozza de outrora/ com “São Bartolomeo”/ presente na vontade/ do Padre Fiorente/  e dos que das suas/ terras partiram, trazendo mãos e pés/ sonhos e fé,/  para construírem/ raízes e famílias/ neste chão de serra/  carvão e terra,/ com polenta e vinho,/ massa, torta e carinho...
Final de agosto/ o domingo chega,/ o Riacho é Grande/ a represa cerca.../e lá no alto/ o sino toca/  o altar se prepara/ o coro canta,/ a mesa se faz,/  a partilha começa/ e o italiano une:/ nonno e prima/ mamma e filho/ fratello e neta/ zia e amigos.../ para celebrarem/ a vida cheia de vidas/ que foram e estão/ presentes em cada/ lágrimas e riso/ entranhadas nesses/ CINQUENTA ANOS/ de Festa que nesta/hora soam e ecoam/  um “quel mazzolin di fiore”/ cheio de esperança/ e eternidade/ de uma saga gar-fagnina/ que pulsa toda nossa/ emoção e alegria/ de sempre querer/ lembrar e viver/ este momento...

Ernesto Bechelli- Itanhaém- 26/08/2007

A data se destina para renovação e recordar em reverência aos bravos soldados brasileiros, com a instituição  do “Dia do Soldado Brasileiro”, justa homenagem aos que seguem na carreira militar. Soldado é um titulo militar que pode ser concedido a quem trabalha nas três grandes forças militares do  nosso país. A carreira militar ensina aos jovens componentes  valores como disciplina, organização, solidariedade e amor à pátria. Vários são os títulos e escalas de soldados das forças armadas, desde o Exército, Marinha e Aeronáutica, com os possíveis títulos de quem se alista no exército: Infantaria – podem lutar em qualquer lugar, com diferentes armas e meios de transporte, na defesa do território: Cavalaria: soldados que montam cavalos na frente da tropa na busca e descoberta de informações sobre possíveis inimigos, na medida  substituídos por veículos blindados; Artilharia: soldados que utilizam armas de fogo, como projéteis e bombas.   A data do “Dia do Soldado” foi assim escolhida pois se refere ao nascimento de Luis Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, nascido em 25 de agosto de 1803, na Fazenda São Paulo, atual cidade de Duque de Caxias,  Estado do Rio de Janeiro, filho de Francisco de Lima e Silva e Mariana Cândido de Oliveira Belo. É considerado o mais famoso militar brasileiro por suas inúmeras atuações e conquistas em favor da pátria, por isso a sua alcunha de “O maior Soldado do Brasil”, “O Soldado Símbolo da Pátria, e o mais distinto. Por sua folha de serviços, foi apelidado de “O Pacificador” e “O Duque de Ferro”. Por ter dedicado a vida à pátria,  é tido como o  mais renomado e  principal figura militar da história brasileira, motivo pelo qual, o Ministério do Exército criou a celebração anual em sua homenagem. De impecável carreira militar até o final dos seus tempos, seguiu  como seu pais e tios,  ingressou como cadete na carreira militar, aos cinco anos de idade, sendo que, aos quinze anos na Academia Real Militar, e com o passar dos anos foi demonstrando um excelente trabalho e perseverança, o que fez com que fosse galgando aos poucos até atingir o grau máximo da hierarquia militar, o de Marechal. A sua trajetória marcou a lealdade ao Império do Brasil e devotado  serviço ao Exército Brasileiro. Lutou em 1823 contra Portugal por ocasião da Independência do Brasil, passando três anos a seguir na Cisplatina enquanto o governo tentou, sem sucesso, resistir à secessão da província. O Duque de Caxias permaneceu leal ao Imperador Pedro I, durante os protestos em 1831, apesar dos seus familiares terem abandonado o monarca. D. Pedro I abdicou em favor de seu filho, D. Pedro II, a quem  serviu como mestre de armas e ensinando-lhe  esgrima e hipismo, tornando-se assim seu amigo. Com a regência  que governou o país durante a minoridade de D. Pedro II, enfrentou várias revoltas por todo o país, comandando  as forças leais  de 1839 e 1845, conseguindo vitórias em favor da monarquia. Em 1851, o Exército Brasi-leiro sob o seu comando derrotou a Confederação Argentina, na Guerra do Prata. Na década seguinte, já como Marechal, liderou as forças brasileiras para a vitória na guerra do Paraguai. Por sua atuação, foi elevado a nobre, e gradativamente em sucessão de barão, conde, marquês e, finalmente a única personalidade a receber um título de duque, durante o reinado de D. Pedro II. Teve expressiva liderança por ocasião da Independência do Brasil, Guerra da Cisplatina, Revoltas da Balaiada e Liberais, Revolução Farroupilha, Guerra do Prata e Guerra do Paraguai. Ingressou na política como membro do Partido Progressista, na década de 1840, elegendo-se Senador em 1846, alcançando a Presidência do Conselho de Ministros, por dois mandatos. Foi não apenas o soldado mais bem sucedido, mas o maior comandante militar de seu continente em seu tempo, como também um grande político. Os seus comportamentos de virtudes individuais superaram as limitações ao impor em si mesmo grandes sacrifícios pessoais ao incorporar as responsabilidades para alcançar os seus objetivos, certamente carregando consigo o lema de um homem à frente do seu tempo. Com  excelentes serviços de 1821 a 1880, faleceu em 07 de maio de 1880, em Valença – RJ, aos 76 anos, deixando o exemplo de o maior soldado brasileiro. Que a sua biografia sirva de modelo que deve ser imitado por suas qualidades e virtudes, pelos brasileiros, principalmente os jovens, considerando a grave situação moral e política por que passa atualmente o nosso país. Portanto,  muito necessário e imprescindível a retomada do tema -patriotismo – para que o país retome o seu caminho – Brasil não para o futuro, mas já.