03 May 2024


Maria Hermínia fala do presidente

Publicado em TITO COSTA
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Foi preciso haver luta pela sociedade brasileira para reconquistarmos a democracia, luta ingente que culminou com a Constituição de 1988, para  chegarmos à ameaça, a cada dia mais  visível, acentuada  e perigosa, de um novo governo de forças ao contrário do regime de liberdades de pensar e de agir politicamente de que desfrutamos  hoje no Brasil.
A professora Maria Hermínia Tavares, titular aposentada de ciência política da Universidade de São Paulo, lembra que Bolsonaro não é um político de direita tradicional que respeita as regras do regime democrático, mas é, “ao revés, um espécime rústico de um gênero de políticos autoritários, a quem os estudiosos denominam populistas e que se caracterizam pela aversão ao populismo e às liberdades próprias das democracias contemporâneas”. Segundo essa pensadora políticos dessa espécie, “quando no exercício do poder perseguem os opositores, investem contra a liberdade de imprensa, tratam de controlar o Poder  Legislativo  e de extinguir a autonomia do Poder Judiciário minando assim os alicerces do sistema democrático”.
Mais enfática na sua análise, Maria Hermínia dispara: “Que ninguém se engane. Como ele se jactou mais de uma vez, Bolsonaro veio para destruir isso daí - e isso daí nada mais é do que a democracia com compromisso social inscrito na Constituição de 1988. Assim fará, se puder. Mas, em política a capacidade de fazer sempre prevalece sobre as intenções”. A garantia de que a democracia não venha a ser corroída, aos poucos, por um governo avesso aos seus princípios e valores, exige que a sociedade esteja atenta na defesa de prerrogativas de livre democracia, com já aconteceu com movimentos de massa humana, por exemplo, na grande mobilização popular pela conquista das “diretas, já” movimento que desembocou na Constituição Cidadã, na feliz e oportuna denominação de Ulysses Guimarães, que presidiu com firmeza e dedicação a Assembleia Nacional Constituinte de outubro de 1988.
É preciso que a sociedade brasileira, como um todo, se aperceba do perigo que se avizinha em decorrência das intenções já não disfarçadas do presidente e seus mais chegados colaboradores entre os que, principalmente, seus filhos no exercício de mandatos eletivos: um vereador e um deputado estadual no Rio de janeiro, e um federal, este com votação expressiva, acima do normal. Um exército de combativos inimigos das Liberdades vem agindo sem a menor cerimônia na busca de uma nova ditadura, como se não bastasse o que nos foi impingido pela ditadura militar que terminou com a Constituição de 1988.

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