26 Apr 2024


Os estilhaços de Guido Fidelis

Publicado em TITO COSTA
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14/04/2012

O escritor Guido Fidelis, de Santo André, manda-me dois livros de sua autoria publicados recentemente: “Estilhaços” e “Enquanto dormem as crianças”, ambos da RG Editores-SP  e com carinhosa dedicatória. Eu já o admirava pela sua sensibilidade de verdadeiro contador de causos, já ao tempo de agradáveis tertúlias literárias com nosso saudoso amigo Fausto Polesi. Nestes dois últimos trabalhos seus estão presentes sua verve de poeta e cronista, assim saudado pelo nosso querido Paulo Bomfim, da Academia Paulista de Letras: “O cotidiano nas mãos de Guido Fidelis adquire roupagens inusitadas. Transfigura-se no exercício de seu mistér num cronista dos melhores. A surpresa navega o rio que vive corredeiras que nos convidam  a aventuras diferentes”. E Caio Porfirio Carneiro, do jornal O Estado de S. Paulo, observa que Guido tem agilidade narrativa com detalhes fotográficos, sendo que “seu fulcro criador irradia-se de dentro para fora, de maneira explosiva e imprevista”. É isso mesmo, digo eu, que a gente sente, por exemplo, na leitura da narrativa do texto que dá nome ao livro “Enquanto dormem as Crianças”: uma sensação de aflição diante da situação das crianças indefesas, submetidas ao desconforto e às ameaças que as rondam. Mas, daqui pra frente eu me calo para não estragar a surpresa do leitor. Esse livro foi premiado num concurso promovido pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo com centenas de participantes o que revela a boa qualidade de seu conteúdo. No “Estilhaços”, o autor é ainda mais poesia ao falar que “a vida e seus mistérios, do inicio à partida para a viagem desconhecida, são feitos de fragmentos. Estilhaços que se acumulam nas sombras do passado. Cacos de aventuras e emoções vividos ao longo da jornada”. Lembra sobre a nossa existência “o que é, o que poderia ser, o que será”. E agora me recordo de entrevista do ator italiano Vittorio Gassman ao dizer, em entrevista à revista Veja, que nós todos deveríamos ter duas vidas: uma para ensaiar, outra para viver. Fácil, não?  Assim não cometeríamos tantos erros, tantos desacertos em nossa vida sentimental, familiar, profissional, etc. Evitaria-mos o que Fidelis diz da “soma e divisão, choro, risos, tristezas, alegrias, derrotas, vitórias. Estilhaços que se recompõem e se partem novamente”. Esta é a nossa vida, agora digo eu, sem o ensaio sugerido por Gassman. Parabéns, meu caro Guido. E grato pelas ofertas e as carinhosas dedicatórias.
P.S. Recebi outro livro de Guido Fidelis chama-se “Alfa Beto” que também agradeço.

Tito Costa é advogado, ex-prefeito de São Bernardo do Campo e ex- deputado federal constituinte de 1988. E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

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