Braskem: fábricas do ABC produzem
3 milhões de toneladas de produtos

A Braskem realizou, na quarta (3 de dezembro), almoço especial para imprensa, em restaurante de Santo André. Durante o evento, Miguel Bahiense Neto, Presidente da Plastivida Instituto Socioambiental dos Plásticos, proferiu palestra sobre o tema. Após, o gerente de relações institucionais da Braskem, Flávio Chantre, concedeu entrevista exclusiva à Folha. Confira à seguir.

Folha do ABC - Qual o índice de produção total das quatro fábricas (duas em Mauá e duas em Santo André) da Braskem no ABC?
Flávio Chantre - A Braskem tem quatro unidades industriais no ABC, duas em Santo André, duas em Mauá. Ao todo o índice de produção chegou a 3 milhões de toneladas de produtos químicos e resinas. Não imaginamos um crescimento de produção porque não imaginamos que o mercado vai crescer muito. O PIB no Brasil tem ficado em níveis baixos nos últimos anos. Imaginamos o mesmo cenário para 2015. E já operamos as nossas fábricas com uma alta taxa de ocupação, aliás, é uma particularidade, indústria química, petroquímica precisam atuar com uma alta taxa de ocupação da capacidade instalada. Se não elas não são rentáveis.

Haverá novos investimentos para as unidades industriais da região em 2015?
A Braskem é uma empresa muito grande. Temos 8.300 funcionários no mundo, sendo 4 mil no ABC (1 mil diretos e 3 mil indiretos).  As instalações do Pólo Petroquímico são muito grandes. Somente para você manter esses artigos em condições ideais você tem um investimento grande em manutenção, que é anual. Não está definido ainda o valor para o ano que vem, mas é um valor bas-tante alto para manutenção das fábricas.

A Braskem desenvolve diversos projetos sustentáveis. Um deles é o Aqua Pólo, que possibilitou a economia de 10 bilhões de litros de água em 2014, graças à utilização de água de reúso.  Como é realizado esse projeto?
Projeto Aqua Pólo foi lançado em dezembro de 2012. É um projeto de produção e distribuição de água de reúso. É um investimento da Odebrecht junto com a Sabesp. Ele é instalado ao lado da Estação de Tratamento de Água, na divisa de São Paulo com São Caetano. Então, essa água é captada, tratada adequadamente para o processo industrial e fornecida para as em-presas do Pólo Petroquímico. A Braskem, como é a maior empresa do Pólo, a que mais consome água, utiliza desde então 100% da água de reúso. E só nesse ano já economizamos 10 bilhões de litros de água.

Há outros projetos desenvolvidos em Mauá e Santo André?
Esse “Fábrica de Florestas” é um projeto que nasceu na Bahia e nós trouxemos para São Paulo e em Duque de Caixias, (Rio de Janeiro). Temos também aqui em Santo André e em Paulínia (interior de São Paulo). Fazemos um viveiro de produção de mudas de mata nativa, em parceria com as prefeituras, e essa produção de mudas é distribuída em campanhas, em projetos de reflorestamentos. Paralelamente, temos o projeto “Viveiro Escola” que é no Parque Escola, em Santo André, que montamos o espaço, onde ensinamos o ciclo de vida da árvore, a importância da preservação ambiental, etc. E ambos são dirigidos às crianças e jovens. Também temos um projeto em Mauá, a “Central de Triagem de Materiais Recicláveis”, que, junto com a Prefeitura de Mauá e a Cooperativa Cooper Cata, emprega cerca de 30 catadores.