06 May 2024

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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O cronista escreve sobre acontecimentos do dia a dia da vida. Podem ser alegres ou tristes. Mas sempre temos que tirar algo de engraçado dessa narrativa.
Meu avô Tavares faleceu no dia de finados, as 13 horas, no ano de 1972. Meu pai Bellinghausen no mesmo dia e mesmo horário em 1979. Coincidências.
Estávamos em Itanhaém, em 1985 nos feriados prolongados, em nossa casa com a família do irmão de meu marido. Na casa ao lado, duas irmãs e famílias. Meu Theo estava em um vizinho jogando cacheta. Uma chuva torrencial. Nesse tempo não havia celulares e quando chovia alguns telefones ficavam mudos. Fim da tarde o Theo entra correndo dizendo que iria levar o marido de minha irmã para São Paulo, porque ele estava com dores no peito. Saíram em disparada embaixo daquela chuva. Fui à casa de minha irmã, consolar a mãe dele que chorava por seu filho, meu cunhado, médico, dizendo que ela se acalmasse, pois ele tinha saído aflito, mas que era natural, com aquele temporal. Voltei para casa e disse ao irmão de meu marido: Vamos jogar um buraco: Ele respondeu: Não... estou com dor de cabeça!
Bom, aos poucos todos foram se deitar. Meu quarto era na parte superior do sobrado. Subi depois de enrolar o tempo em frente a TV. Telefone? Nada! Deitei e fiz minhas orações pedindo proteção para eles, que deviam estar na estrada, achando que meu cunhado tinha tido algo passageiro. Pelas duas da manhã, ouvi o portão se abrindo, o carro entrando, luzes e conversas. Abri a janela do quarto e os vejo com meu filho que fazia Agronomia em Taubaté e lá morava, com seu macacão de brim em cima do corpo. Desci correndo e perguntei o que tinha acontecido. Então disseram que tinham recebido um aviso da guarda da cidade de Itanhaém, onde pediam que ligassem para determinado número de telefone. Assim souberam que ele tinha sofrido um acidente subindo a serra Ubatuba-Taubaté... Assustada, ante dizerem que estava tudo bem, muito brava e nervosa, falei que tirasse o macacão que eu queria ver. Não tinha marca alguma (dias depois grandes hematomas apareceram). Bom, aí foram me contando. Chegando na casa de meu filho, o vizinho, amigo, bem mais velho, contou que o socorreu levando-o para casa e dando um calmante. Subiram a escada do sobrado, entraram no quarto e só viram saindo debaixo do lençol, um pezinho feminino com uma correntinha dourada. Meu marido acordou meu filho e me contou: Tive vontade de dar uma surra nele!
Meu filho então falou que o carro na volta capotou em uma curva, e lembrou do avô e bisavô que tinham falecido naquele dia. Horário do acidente? 13 horas! (Perda total do veículo).
Bom, aí virou piada a correntinha.
Há muitos anos não vou ao cemitério. Só quando acompanhava algum enterro. Bom, essa é outra história que conto outra vez. Aqui em meu prédio os agapantos floriram um pouco antes de novembro. Eu e a vizinha, minha amiga Cida, relembramos que no passado todos tínhamos essas flores, assim como lírios, nos quintais das casas. Os chamávamos de flores de finados, pois lembro de minha avó, minha mãe e eu, os pegarmos em grande número para irmos oferecer aos parentes que já tinham partido. Orações por eles, eu faço diariamente.
Infelizmente nos dias de hoje não se pode ter mais vasos... ladrões além de os levar, assim como as portas dos túmulos, levam até estátuas de dois metros de altura. Como? Faltam câmeras, policiamento...
Bom, continuem se cuidando. Abraço saudoso, Didi

PS- Agradeço as pessoas que me ligaram do porquê não escrevi na semana passada. Folguei. Vamos levando a vida.

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