19 May 2024

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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Em 1992 nascia um menino que veio para alegrar os pais, os avós e os bisavós. Primeiro neto de ambos os lados.
Sempre muito curioso, quando vinha visitar os avós paternos (nós) montava no pastor alemão e fazia dele seu travesseiro deitado na grama do jardim. Quando chegava a noite já pegava uma lanterna e junto à avó ia caçar lesmas nas plantas, colocando-as num prato com cerveja para que o avô as eliminasse no dia seguinte.
Foi morar no Paraná. Assim com 4 anos já vinha sozinho de avião para passar as férias em São Paulo. Vinha de conversa com as comissárias, se sentindo muito importante por estar sem acompanhante. Eu só tinha que, ao pegá-lo, assinar ok da “entrega”. Lá começou a praticar natação. Para terror dos professores chapinhava na água e batia papo com os coleguinhas. Passados poucos anos começou a competir em provas de natação em outras cidades e estados. Tendo preguiça ou não, fazia inglês e Kumon, de português e matemática.
Quando tinha 11 anos, com seus pais separados, foi morar por 8 meses com sua mãe na Austrália. Como ia para a escola de bicicleta, tornou-se bem liberto do medo que lhe tinham imposto no Paraná, quando menino, de sequestros, altura (moraram no 13 andar do prédio) e andar sozinho no elevador.
Sua mãe casou-se com um canadense, que se tornou seu segundo pai. Ele ficou no Brasil com o pai biológico até terminar o ensino fundamental. Indo definitivamente para o Canadá onde cursou o ensino médio, das 7h30 da manhã até as 16 horas. Arrumou um emprego no cinema da pequena cidade que residia, trabalhando até as 23 horas, como lanterninha, pipoqueiro ou qualquer serviço que lhe era exigido.
Na formatura teve o orgulho de receber duas homenagens: Como o melhor aluno nos três anos do curso e o de melhor nas matérias de física, química e matemática. Escolheu ficar no Canadá dizendo que lá é um lugar sério e optou pelo curso de Engenharia de Mineração na faculdade. Lá não existe vestibular. Com seu currículo estudantil foi aceito em cinco faculdades. Escolheu a de Toronto.
Após o segundo ano de faculdade foi aceito numa mineradora brasileira para trabalhar no norte do Canadá fazendo um estágio. A temperatura lá oscilava de 32 graus no verão a 45 graus negativos no inverno. Durante um ano e meio ele morou sozinho numa mineradora, que não tinha shopping, cinema e nem mesmo uma livraria. Nas duas primeiras semanas se sentiu solitário, pois a cidade tinha na sua maioria índios que viviam bebendo e mineiros trabalhando. Com a chegada de outros estagiários, a vida foi seguindo. Trabalhava das 7 horas até as 16 horas. Chegando a seu pequeno apartamento fazia o jantar já deixando a marmita pronta para o dia seguinte, pois não gostava da comida da mineradora. Hoje é um excelente mestre cuca. Depois de formado, trabalhando na The Beers, a cada 15 dias, nos 15 em que ele não trabalhava, foi mochileiro pelo mundo.
Hoje, casado com a bela Anisha, com a vida bem estável, será pai de uma menina e assim serei bisavó. Não imaginava chegar até aqui.
É com orgulho que conto um pouco da vida desse meu neto Henrique Alves Coppini, 30 anos, um jovem muito alegre, gentil e atencioso, esforçado, de caráter inabalável, amado por todos, pais, avós, tios, primos e amigos.
Saudade de você meu querido...
Bjs... Vó Dica

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