26 Apr 2024

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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Na semana que passou eu fui rever a Cidade Maravilhosa. Há muitos anos eu não ia ao Rio. Uma amiga, Suely, que eu conheci quatro anos atrás em uma viagem que fiz, minha companheira de quarto, vinha cobrando nossa ida à antiga capital do Brasil.
Num sábado veio almoçar comigo e me encostou na parede: Vamos! Na segunda fechamos com uma agência, cinco dias no Rio. Várias pessoas me alertaram para os perigos na cidade. Vemos diariamente notícias sobre assaltos, muitas vezes com pessoas, principalmente turistas, sendo mortas.
Assim que chegamos ao aeroporto já havia um carro nos esperando. Já comecei a querer saber sobre a situação na cidade. Continuei com cada motorista de táxi que pegávamos. Se eu demorava um pouco para começar a querer saber, minha amiga dizia: Vai demorar a pesquisa?
Somente um deles falou bem sobre o prefeito. Os demais comentaram sobre as obras superfaturadas. A cidade está com muitas ruas em obras para o metrô... atrapalhando muito o trânsito. Será que a cidade estará pronta para as Olimpíadas? Vamos aguardar.
A cidade continua linda. Foi abençoada por uma natureza divina.
Os turistas ficam extasiados com tanta beleza. E como eles chegam até o Rio. A maioria dos garçons fala inglês e tratam esses clientes de maneira muito atenciosa.
Chegamos com chuva e depois o céu se abriu e tivemos 4 dias ensolarados.
Mas o frio está aí e fico pensando no que vi nas ruas da Cidade Maravilhosa. Embaixo das marquises, mendigos enrolados em suas cobertas, passavam dias e noites ao relento. Onde as autoridades vão enfiá-los quando começarem as Olimpíadas? Um deles, sujo e esfarrapado estava do lado de dentro da entrada de uma igreja. Foi para ele que dei um trocado. “Quem dá ao homem empresta a Deus...”
Na verdade, escrevi isso acima depois que vi alguns mendigos na nossa Praça da Matriz. Como uma coisa puxa a outra, foi o que deu motivo para eu escrever.
Um deles, montou um fogareiro entre dois tijolos baianos. Ao lado sobre uma madeira também suspensa, colocou vários temperos como salsa e cebolinha, pimenta, cebola e alho e mais uns potinhos ... sal? Um caldeirão fumegante sobre o fogo com vários legumes picados cozinhando. O “cozinheiro” com uma colher de pau na mão conversava com vários outros mendigos. Com certeza estavam esperando pelo almoço. Eles dormem pelas proximidades, principalmente sob as marquises.
Apesar da viagem ter sido muito prazerosa, a lembrança desses pobres brasileiros nos deixou muito pesarosas. Com o frio aumentando, o sofrimento será maior.
Vamos esperar que surjam empregos novamente, pois, do contrário, os mendigos aumentarão ainda mais.
Um abraço, Didi

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