As ruas nos bairros de Nova Petrópolis, Vila Euclides e Jardim do Mar estavam todas congestionadas. Para piorar a situação do trânsito, as ruas dos bairros próximos ao centro não têm quarteirões com diversas ruas que permitem fugir dos congestio-namentos. Ao contrário, são ruas com enormes extensões e com poucas saídas laterais. Isso, evidentemente, deixam os motoristas sem opções para levar seus carros para ruas transversais. Além disso, a planta da cidade se formou, ao longo dos anos, no entorno da rua Marechal Deo-doro. A consequência foi a de que todas as ruas dos bairros próximos despejam os carros na Marechal. Nem a abertura da avenida Faria Lima e a rua Jurubatuba ajudaram a desafogar a demanda de veículos que procuram a área central.
O caos, então, tomou conta da cidade. Um motorista que todas as manhãs faz o percurso entre o Paço e a rua Municipal em menos de 15 minutos, naquela quinta (11) demorou mais de 40 minutos. Com ruas que são ver-dadeiras arapucas quando há con-gestionamento, o trânsito no centro sofre bastante diariamente quando a Anchieta está congestionada. O acesso pela avenida Lucas Nogueira Garcez à via Anchieta, diariamente, provoca um imenso congestionamento nessa avenida com reflexo até na praça rotatória do Paço, pois o tráfego de carros que demandam da Marechal e da Faria Lima, que querem ir para a Anchieta, chegam a ocupar até cinco faixas de rolamento da rota-tória do Paço, ficando apenas uma faixa para os veículos que vão para Baeta Neves e Santo André. Isso por volta das 16h até às 18h30 diariamente.
A via Anchieta, assim, trouxe o desenvolvimento para São Bernardo com a instalação de unidades fabris das montadoras e outras grandes indústrias, principalmente pela pro-ximidade do Porto de Santos. No entanto, com o passar dos anos o resultado que fica é a de uma estrada que divide a cidade em duas e tam-bém leva o congestionamento ao longo de sua extensão para o tráfego urbano de São Bernardo. Com a frota de veículos aumen-tando a cada ano na cidade e as dezenas de torres sendo levantadas pelas grandes construtoras da capital, São Bernardo, nos pró-ximos cinco anos, vai ver o caos tomando conta do trânsito urbano se nenhuma providência for tomada pelo poder público municipal.