05 May 2024

Publicado em Editorial
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Quando se comenta sobre as eleições majoritárias deste ano, é cada vez mais comum ouvir que os eleitores terão que escolher entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A afirmação até pode ser realista, posto que as últimas pesquisas de intenção de voto sugerem vantagem de Lula em relação a Bolsonaro na corrida presidencial. Mas, a constatação de que é obrigatoriamente necessária a escolha, por parte do eleitor brasileiro, entre apenas dois nomes nas eleições presidenciais não é verdadeira. No Brasil, vigora o pluripartidarismo e há outros pré-candidatos disputando a presidência da República.
“A humanidade acompanha há séculos a polarização entre Deus e o Diabo e nunca teve terceira via”, afirmou Lula, durante uma recente reunião do partido, ao comparar a corrida presidencial entre ele e o Bolsonaro.  O petista também disse a aliados que não acredita na possibilidade de uma terceira via ganhar força nas eleições deste ano.
Até o momento, o cenário da terceira via está bastante fragmentado e, com isso, os pré-candidatos seguem estagnados nas pesquisas de intenção de votos. Porém, ainda faltam mais de sete meses para a data do primeiro turno das eleições, que acontecerá no dia 2 de outubro próximo.
O eleitor brasileiro não terá que decidir entre apenas dois nomes, rejeitando o bolsonarismo ou o lulopetismo. Isso é muito pouco. É fundamental que a campanha eleitoral seja centrada em ideias e propostas políticas, não em nomes. Os brasileiros não podem permitir que o debate e escolha pelo novo presidente da República sejam desqualificados e reduzidos.
É importante que os eleitores tomem conhecimento das propostas de seus candidatos. São elas que irão nortear o futuro do país. Não tem como dizer que, por não apreciar política, prefere-se distância das discussões. As ações políticas influenciam e norteiam toda a realidade ao redor do cidadão.
Não é só a economia brasileira que está combalida, seja por conta de desdobramentos da pandemia, ou pela falta de reformas estruturais que estão empacadas no Congresso, o brasileiro tem perdido, dia após dia, a confiança nas instituições, nos políticos e no Judiciário.
Com tanta nebulosidade, seja na área política, econômica ou social, sobre o país, é preciso que o eleitor pondere, de maneira serena, e não forçada, direcionada, a respeito das consequências e do impacto do seu voto sobre o futuro do Brasil.
O eleitor não pode, nem deve, votar em um candidato, por simplesmente odiar ou não tolerar outro ou por não gostar do jeito de falar ou até de vestir de determinado candidato. É preciso que se vote com consciência, faça-se uma análise do passado do político, da maneira como as ações e projetos foram executados, dos resultados obtidos. É bastante estreito o raciocínio que dispõe de “nós contra eles ou ele contra nós”. Não se pode votar no presidenciável “menos pior” e muito menos no que tangencia o bordão político do “rouba, mas faz”. Os brasileiros precisam votar nas propostas e no direcionamento que o presidenciável dará ao país.

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