30 Apr 2024


O Carnaval está de volta

Publicado em Editorial
Avalie este item
(0 votos)

Neste ano, acontece o primeiro Carnaval após a pandemia, o período de distanciamento e as restrições provocadas pela Covid-19. A data tem sido muito aguardada pelo público e também por empreendedores que costumam ver o giro de caixa aumentar durante a época de folia.
O setor de turismo deve proporcionar cerca de 24,6 mil vagas de trabalho temporário, e segundo dados do Ministério do Turismo, a estimativa é de que 46 milhões de pessoas participem do Carnaval neste ano por todo o país. A arrecadação deve ser de cerca de R$ 8 bilhões, a maior desde 2020.
O Carnaval é uma das festas populares mais conhecidas no mundo ocidental, sendo a maior festividade do Brasil. Sua origem remonta à Idade Média. No Brasil, foi trazido pelos colonizadores portugueses, e era caracterizado por diversas brincadeiras, como o entrudo. Essa brincadeira iniciou-se no Rio de Janeiro e era realizada dias antes do início da Quaresma.
O entrudo foi uma brincadeira muito comum até meados do século XIX e trazia um clima de zombaria pública que regia o Carnaval. Seu ato mais tradicional era conhecido como “molhadelas”. As pessoas jogavam líquidos umas nas outras, como água suja, lama e urina. Com o passar do tempo, a prática foi sendo substituída, nas elites, por práticas comuns na aristocracia europeia no século XVIII, e, assim, surgiram os bailes de máscaras no Brasil.
Na década de 1930, o samba e os desfiles das escolas de samba tornaram-se elementos fundamentais do Carnaval brasi-eiro. O sucesso das escolas de samba levou à construção e inauguração, em 1984, do Sambódromo, o local no qual os desfiles acontecem no Rio de Janeiro.
Ao longo das décadas, o Carnaval foi passando por transformações, experimentando uma sensível transformação do festejo e o tempo áureos dos desfiles das escolas de samba, também parece que se arrefeceu. Atualmente, são os blocos que têm arrastado multidões às ruas. Apenas em São Paulo, há mais de 500 opções de blocos de Carnaval.
O glamour e a elegância, dos bailes de Carnaval de décadas anteriores, esvaíram-se ao longo do tempo. Atualmente, as máscaras, que cobriam os rostos com ar misterioso, revelando descoberta de faces não vistas, deram lugar a explicitude e o vulgarismo de fantasias cada vez mais sensuais, que beiram o erotismo.
Marchinhas carnavalescas deram lugar a letras com palavras insultuosas ou degradantes, com conteúdo extremamente sexual e que, muitas vezes, nem são mais cantadas, mas balbuciadas junto a danças e insinuações estapafúrdias.
Apesar disso, depois de um período de inúmeras restrições, também bastante sofrido e doloroso, devido à pandemia de Covid-19, poder voltar a ocupar as ruas, avenidas e celebrar o Carnaval com alegria e descontração é quase uma manifestação máxima da liberdade.
Deve ser mantido aquele antigo espírito de alegria e confraternização que o Carnaval traz aos jovens, adultos e crianças, proporcionando risos, com suas cores, músicas, marchinhas, seja por meio da tradicional dupla de confete e serpentina, da fantasia colorida ou de adereços carnavalescos. Enfim, após dois anos, fevereiro deixou de ser cinza.

Folha Do ABC

A FOLHA DO ABC traz o melhor conteúdo noticioso, sempre colocando o ABC em 1º lugar. É o jornal de maior credibilidade da região
Nossa publicação traz uma cobertura completa de tudo o que acontece na região do ABCDM.

Mais nesta categoria: A tragédia se repete »

Main Menu

Main Menu