A líder de audiência da TV aberta no País, em dez anos, perdeu quase um terço de sua fatia nos valores repassados. A participação das TVs no bolo publicitário oficial é a seguinte: em 2003: 1) Globo, 61,1 % de tudo que o governo gastou com propaganda em TVs; 2) SBT, 14,6%; 3) Record, 6,8%; 4) Band, 6,8%; 5) Rede TV!, 2,3%; 6) Demais emissoras, 5,6% e 7) TV paga, 2,8%. Em 2012: 1) Globo, 44,0%; 2) Record, 15,5%; 3) SBT, 13,6%; 4) Band, 8,0%; 5) Rede TV!, 3,5 %; 6) Demais emissoras, 4,4% e TV paga, 10,0%. A verba destinada para a Televisão em 2012 foi da ordem de R$ 1,1 bilhão; Jornal, R$ 147 milhões; Rádio, R$ 138 milhões; Revista, R$ 142 milhões; Internet, R$ 96 milhões; Outdoor, R$ R$ 8 milhões; Cinema, R$ 15 milhões e Mídia Exterior/demais, R$ 127 milhões. Então de 2000 até agora, os valores recebidos pelas principais emissoras são os seguintes: Globo, R$ 5,86 bilhões; SBT, R$ 1,63 bi e Record, R$ 1,57 bi. Por sua vez, o governo gastou de 2000 a 2012, R$ 10,72 bilhões para veiculação de propaganda nas TVs, em valores atualizados, incluindo despesas de administração direta e empresas estatais.
A matéria publicada enfatiza que a queda da verba da Globo começou quando o PT chegou ao poder federal. No entanto, ainda não se sabe oficialmente os valores recebidos por mais de 5 mil veículos cadastrados para veicular publicidade federal oficial. Percebe-se, assim, que o governo federal continua sendo o maior investidor do País em publicidade, pois as verbas de empresas privadas ficam distantes do total investido em publicidade pelo governo. No entanto, as emissoras de TVs recebem polpudas verbas oficiais e, assim, a pergunta é necessária: o noticiário jornalístico de cada uma delas tem liberdade para fazer críticas à atuação do governo?