Também pediram, entre outras coisas, hospitais padrão Fifa, por causa da farra do dinheiro para construir estádios de futebol de primeiro mundo, com cada um custando mais de R$ 1 bilhão, enquanto, nos hospitais, os pacientes são atendidos nos corredores, etc. Os jovens manifestantes  souberam usar a internet para criticar o governo. Viram que isso não estava adiantando muito. O passo seguinte foi colocar os blocos nas ruas para protestar. A manifestação começou contra o 20 centavos de aumento na passagem de ônibus. Depois tiveram muita fibra para aumentar as manifestações. De repente, não mais que de repente, o País inteiro estava nas ruas protestando contra malandragem existente nos negócios públicos. Com adesão de famílias nas manifestações, os donos de poder perceberam que, nas passeatas, tinham dois tipos de participantes: os bem intencionados e as quadrilhas de vândalos, que estavam a fim de quebrar vidros das lojas, invadir supermercados, etc. Antes, qualquer manifestação com quebra-quebra, a culpa era atribuída aos participantes. Agora, a polícia conseguiu separar o joio do trigo depois de sucessivas manifestações. O importante é que essa participação popular pegou todos de calça curta, pois as autoridades esperavam que, mais dias, menos dias, as passeatas iriam terminar, principalmente depois do atendimento da reivindicação sobre a redução da tarifa de ônibus. Não aconteceu. As manifestações continuaram. Depois as autoridades perceberam que as manifestações eram a favor do País e contra a corrupção e outras coisas mais. A revolta contra as autoridades é enorme. Ninguém aguenta mais acompanhar, no dia-a-dia, o enriquecimento ilícito de políticos que, depois de dois ou três anos, sãos os novos milionários brasileiros.
Uma realidade ficou evidente: os jovens brasileiros descobriram que podem se comunicar com o poder e também, por meio da internet, convocar as pessoas que desejam ir às ruas para dar um choque de credibilidade neste País. E não ficar só nisso, pois vem mais por aí. É o tempo dos novos brasileiros, que não querem assistir passivamente as garfadas no dinheiro público. Chega de malandragem! Chega de sacanagem!